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Brasília

Lixão e ponto de desova no Jockey Clube

Arquivo Geral

15/12/2014 6h30

Um depósito de entulho ao ar livre. Este é o atual cenário do Jockey Clube de Brasília, situado às margens da Estrada Parque Taguatinga (EPTG). O terreno, de 210 hectares, virou uma espécie de lixão, que serve, inclusive, para desova de veículos roubados. Já na entrada principal da área, os visitantes dão de cara com o esqueleto de carro, modelo Fiat Palio branco,   depenado e queimado. 

Segundo os moradores do local, o automóvel foi queimado na manhã do último sábado. Ainda conforme os relatos, é normal encontrar veículos depenados na área. “A desova de carros é natural aqui. O pessoal rouba, tira as peças que quer e vem deixar   a carcaça. Tem gente que vem até de caminhão   deixar resto de peça e isso quase sempre acontece à noite”, conta o tratador de cavalos Milton Felix,   61 anos. 

De acordo com ele, nos últimos três meses a situação piorou. “Parece que com essa coisa de eleição,   a fiscalização, que existia antes, não acontece mais. Tem placa para todo o lado falando que jogar entulho aqui é proibido e dá multa de até R$ 5 mil, mas sem alguém para controlar, eles deixam de tudo, desde móveis até resto de parada de ônibus”, salientou. 

Até material de campanha política é encontrado no local, próximo aos destroços de um ponto de ônibus antigo.  “O Jockey está jogado às traças. Com essa briga que tem em torno dele, nada pode ser feito aqui”, afirma Celso Araújo, de 56 anos, referindo-se à batalha judicial pela posse da área, como mostrou o JBr. em  setembro último.

Possível reflexo do abandono

 Depois da desativação do Jockey, há mais de oito anos, a propriedade do lote, que resultou de uma doação do então presidente Juscelino Kubitschek, voltou para o  GDF em 2004. Contudo, até hoje, a  Terracap não teria conseguido recuperar o terreno. Por isso, as terras estão sub judice. 

 Enquanto a situação não é resolvida, porém, antigos moradores do local, que eram funcionários do Jockey, continuam na área. E, segundo eles, chegam a avisar a polícia quando carros estranhos percorrem o terreno. “Vem até retroescavadeira deixar toneladas de entulho. Agora, a gente sozinho não pode fazer nada. Quem rouba carro é bandido. Não dá para ir lá e encarar”, diz Celso Araújo. 

 

 Os moradores atribuem o despejo de lixo a moradores de Vicente Pires e Guará.  O JBr. tentou  contato com as assessorias do  SLU, das administrações   do Guará e de Vicente Pires e da Terracap. Mas as ligações não foram atendidas.

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