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Brasília

Trânsito: onde foi parar o pardal?

Arquivo Geral

28/11/2014 7h40

Quem passa pelos eixinhos Sul e Norte deve ter reparado que não existem equipamentos que controlam a velocidade dos carros. A situação se repete em vários pontos do Distrito Federal. Com a brecha na fiscalização, alguns motoristas aproveitam para colocar o pé no acelerador. Desde agosto deste ano,   40% dos pardais administrados pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), o equivalente a mais de 200 aparelhos,  não funcionam. O problema pode   se arrastar até fevereiro de 2015.

A mudança deste cenário depende do trabalho da empresa Serget, que venceu a última licitação e será responsável pela troca dos equipamentos e pelo controle das 326 faixas de fiscalização. O processo licitatório alcançou o montante de  R$ 14,7 milhões. Contudo, como o contrato com a empresa foi assinado somente no último dia 14 e o prazo para a substituição dos aparelhos é de três meses, a falta de pardais nas principais vias do DF deve continuar.

Os riscos são percebidos pelos condutores, como o motoboy  Raimundo Elivanaldo, 35 anos, que trabalha dez horas por dia nas ruas do DF. “Os carros estão correndo mais do que as motos. Faltam passar por cima da gente. Ainda assim, prefiro com pardal”, comenta.

Cuidado

O taxista Severino Ramos, 58, diz que a atenção deve ser redobrada. “Estou andando normal, sem acelerar muito. Vejo as pessoas ‘voando’”, ressalta. Para ele, a falta de monitoramento colabora com o aumento da irresponsabilidade. “Acho indispensável ter pardal nas ruas. É preciso evitar os acidentes que a gente vê por aí”, acrescenta. 

Licitação levou três anos para se concretizar

De acordo com o Departamento de Trânsito (Detran-DF), o processo de licitação de dispositivos  do tipo “pardal” estava em andamento desde 2011. Segundo o órgão, os 206 pardais do contrato emergencial, que estão sendo retirados das vias, serão substituídos de forma gradual em até 90 dias. A instalação contará com a vistoria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). 

Os novos equipamentos vão monitorar o trânsito  em tempo real. Eles se diferem dos antigos porque são mais  visíveis e não precisam de corte no asfalto. A novidade das câmeras é que possuem o sistema de OCR – sigla em inglês para “registro ótico de caracteres”, permitindo a consulta mais clara das placas dos carro. Além disso, colabora na identificação de motoristas em situação irregular. 

A nova estratégia conta com registro de velocidade e contagem volumétrica, que quantifica o número de carros em determinado trecho e intervalo de tempo. Os postes possuem um braço articulado, que sai da pista para a lateral em casos de manutenção.

Multa

De janeiro a agosto deste ano, houve mais de um milhão de infrações nas pistas do DF. Atualmente, há 1,5 milhão de carros.

Multas mais caras

Em vigor há 27 dias, a Lei Federal  12.971/2014, sancionada em maio pela presidente Dilma Rousseff, determina preço mais elevado para as multas. 

A punição para quem ultrapassar pelo acostamento, por exemplo, passa de

 R$ 127,69 para R$ 957,70.

A disputa de racha, manobras perigosas e a promoção de competições automobilísticas sem autorização vão custar R$ 1.915,40. Antes, o (CTB) previa uma multa de R$ 191,54. 

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