Procurado há mais de seis anos pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte, Ronan da Costa Carvalho foi preso na cidade de Santana do Araguaia, localizada ao sul do Pará, a mais de mil quilômetros da capital do estado, Belém. O homem, de 32 anos, trabalhava como terceirizado para a Fundação Nacional do Índio (Funai) e foi esta informação que permitiu à polícia encontrá-lo.
O crime ocorreu no dia 19 de outubro de 2008. O corpo do promotor de eventos Roberto Nascimento, que tinha 32 anos na época, foi encontrado com um tiro no tórax nas márgens da BR-230. O autor do homicídio também teria roubado o carro da vítima e levado R$ 5 mil.
A primeira prova acerca do crime apareceu em seguida, quando a polícia verificou que as últimas ligações feitas no celular de Roberto foram para Ronan. A Polícia Militar (PM) foi até Planaltina em busca do suspeito, mas ele já havia fugido. A segunda prova foi o depoimento de uma testemunha anônima, que afirmou ter visto Ronan dirigindo o carro da vítima em direção ao Pará após o crime.
Com as investigações, a polícia descobriu que Ronan era de Santana do Araguaia e veio para Planaltina aparentemente com problemas financeiros. Enquanto buscava trabalho para se manter, teria conhecido Roberto. Essa aproximação permitiu que Ronan soubesse de um pagamento recebido pela vítima referente a uma festa. Foi neste dia que o crime ocorreu. Segundo o delegado Delegado Diogo Cavalcante, da 16ª Delegacia de Polícia, de Planaltina, ainda não se sabe como ambos se aproximaram. “Ronan foi muito frio em planejar isso. Aproveitou da amizade e confiança de Roberto para cometer o crime”, afirmou o delegado.
Nas primeiras buscas pelo criminoso, em Santana do Araguaia, a polícia encontrou o veículo da vítima, mas sem pistas de Ronan. Ele foi encoberto e conseguiu ficar foragido durante mais de seis anos, porque tinha uma família influente na cidade. Então, quando a polícia do DF se aproximava da região, Ronan era avisado por moradores a tempo de fugir.
Ele foi pego enquanto dirigia em uma estrada para levar índios para tratamentos médicos e hospitalares em Santana do Araguaia, prestando serviços para a Funai. Os agentes faziam buscas desde o último dia 18 e na tarde desta segunda-feira (24), informaram sobre a prisão do suspeito aqui no DF.
Ronan não confessou o crime e afirmou à imprensa que só se pronunciará em julgamento. Ele é condenado pelo crime de latrocínio e poderá pagar pena de 20 a 30 anos de prisão.
*Com informações de Raphael Costa
