Os policiais civis do Distrito Federal decidiram suspender a greve pelo menos até o fim das eleições. A paralisação, programada para durar 48 horas, começou na última terça-feira. A Justiça determinou o retorno ao trabalho na quarta-feira, mas a categoria manteve o movimento e pode ter de pagar multa de R$ 100 mil, além do corte de ponto.
Agora, os policiais pretendem seguir a ordem judicial, que, entre outros aspectos, busca garantir a tranquilidade do processo eleitoral.
Os servidores reivindicam o reconhecimento da carreira como de nível superior e a convocação dos 500 aprovados no último concurso.
Dano à coletividade
No entendimento da Justiça, a paralisação dos serviços policiais, por serem essenciais, causam risco de dano à coletividade: “São verossímeis os argumentos expostos pelo DF, seja porque a atividade policial é um serviço essencial, seja porque o Supremo Tribunal Federal e esta Corte já se manifestaram pela inconstitucionalidade e ilegalidade dos movimentos paredistas desenvolvidos por policiais”, diz a decisão.
O juiz declarou ainda que “não há dúvidas quanto aos riscos à coletividade, caso os policiais civis deixem de atuar, considerando os atuais índices de criminalidade e, principalmente, o imediatismo inerente ao exercício do poder de polícia, na instauração de inquéritos e na repressão de delitos. Em quarto, soma-se ao risco de grave lesão, a greve realizar-se em pleno período eleitoral, Distrital e Federal.”