Mais uma paralisação por falta de pagamento prejudica a vida de quem depende do transporte público do DF. Dessa vez, 1,3 mil funcionários da Viação Pioneira cruzaram os braços para cobrar o adiantamento salarial de 40%, que deveria ter sido depositado no último dia 20. O movimento acabou uma hora depois, por volta das 14h de ontem, quando a empresa depositou o dinheiro na conta dos trabalhadores.
O diretor-geral do DFTran, Jair Tedeschi, explicou que o governo deve ainda R$ 12 milhões para a Viação Pioneira. Para saldar a dívida, a empresa teve de pegar empréstimo com o Banco de Brasília (BRB). “Não tem orçamento. Estou me reunindo com a equipe do departamento de economia para ver o que podemos fazer”, afirmou.
O compromisso anterior com a categoria era pagar até às 13h de ontem, mas a Pioneira explicou, por meio da assessoria de imprensa, que a transferência para as contas dos trabalhadores levou um tempo para ser realizada devido a questões burocráticas. Apesar da paralisação, não houve tumulto nem paradas de ônibus lotadas.
Transtornos
Os problemas referentes ao pagamento do adiantamento salarial não são novidade para rodoviários das empresas Marechal e Pioneira. No dia 22 de setembro, aproximadamente mil ônibus ficaram parados e mais de dez linhas foram afetadas pela paralisação que durou quatro horas.
Já no dia 6 de setembro, funcionários da Pioneira iniciaram uma paralisação para cobrar o pagamento do auxílio refeição e dos salários do mês de agosto, que deveriam ter sido depositados no dia 5. A empresa atende as cidades do Gama, Santa Maria, São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico, Lago Sul, Park Way e Candangolândia e o Expresso DF.
