Vinícius Borba
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Um rapaz de 18 anos morreu afogado no Lago Paranoá. Carlos Henrique da Silva Dias havia saído com um irmão e um amigo para tomar banho no lago, próximo a Barragem do Paranoá. Tão logo perceberam que ele havia se afogado, os acompanhantes do jovem chamaram por socorro. Carlos passou pelo menos 15 minutos debaixo d’água, antes de ser resgatado. A vítima foi conduzida ao hospital, mas não resistiu.
Por volta de 13h50 a Central Integrada de Atendimento e Despacho recebeu pedido de socorro para um afogamento. Uma guarnição do Corpo de Bombeiros foi enviada ao local. Depois de retirar o corpo da vítima da água, os bombeiros fizeram as manobras de ressuscitação e levaram Carlos Henrique ao Hospital Regional do Paranoá (HRPa).
De acordo com o chefe de equipe médica do HRPa, Walbert Marra, que atuava no plantão, o jovem já não apresentava sinais de vida quando chegou à unidade . “Ele já estava bem roxo, pois teria ficado bastante tempo embaixo d’água, o que provoca asfixia. Acreditamos que ele já estaria em apneia. Fora tentadas todas as medidas necessárias”, disse. Por volta de 15h, o óbito foi registrado oficialmente pelos médicos.
Hábito
Na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), onde o fato foi registrado, a mãe da vítima preferiu não conversar com a reportagem. Delcides Avelino, de 27 anos, que prestava apoio à família, comentou o ocorrido. “Vivemos na mesma rua durante bom tempo. Pelo que a mãe nos disse, ele já teria ido mais vezes tomar banho no local. É uma pena, pois, além de jovem, ele tem uma filha de apenas seis meses.”
Segundo Delcides, alguns jovens têm o hábito de frequentar a barragem para nadar. “Eu ia quando mais jovem. Ir até a prainha do Lago Norte, por exemplo, seria muito legal, mas para quem não tem carro ou dinheiro para ônibus, é natural procurar locais mais próximos”, afirmou o amigo da vítima.
Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros Rui França, salva-vidas na prainha do Lago Norte, é muito arriscado que as pessoas tomem banho naquela região da barragem. “Lá, entrando apenas dois metros, você pode cair em um local com até 45 metros de profundidade. Na prainha é diferente. Pode-se andar até sete metros dentro d’água e atingir apenas dois metros de profundidade”, disse o militar.