O Museu de Arte de Brasília (MAB), fechado há quase uma década, será reformado e restaurado. O projeto foi entregue nesta quinta-feira (18) à equipe que realizará as obras, cujo início deve ocorrer ainda neste mês. A previsão é que em um ano o MAB seja entregue à população.
Embora o edifício não seja tombado, o projeto de reforma não vai alterar a fachada e a volumetria. As obras incluem restauro e adequação às normas internacionais para museus. “O desafio foi preservar o patrimônio histórico, mas cumprir as regras”, disse o subsecretário de Patrimônio Histórico, da Secretaria da Cultura, José Delvinei Santos.
“A primeira questão a ser considerada foi a acessibilidade. Também foi preciso adequar iluminação, ventilação, circulação e o espaço para os servidores”, explicou o arquiteto responsável pela obra, Mauro Sanches.
A área de pouco mais de 5 mil metros quadrados é dividida em três pavimentos. A obra prevê restauro de pisos, paredes, esquadrias, coberturas, acabamentos e instalações gerais. Também estão previstas as instalações de corrimãos, guarda-corpo metálico, piso antiderrapante, porta de emergência, banheiros adaptados e recuperação do alambrado e grama. A parte de instalações elétricas e hidráulicas também será toda substituída. A obra custará R$ 3,2 milhões.
Entre os destaques do projeto está a transformação do subsolo em térreo, onde funcionará a reserva técnica. Um grande volume de terra será removido e a fachada do térreo deve repetir a estrutura de cobogós do primeiro andar.
“O restauro do MAB é mais um passo no programa de recuperação de espaços culturais do Distrito Federal. Assim como entregamos o Cine Brasília, vamos entregar o MAB em condições de uso de acordo com as exigências do mundo contemporâneo”, explicou o secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira.
Histórico
O prédio foi erguido em 1960, seguindo padrões da arquitetura moderna, por sua volumetria e predominância de vãos livres.
O acervo, atualmente hospedado no Museu da República, inclui obras de Waltércio Caldas, Amílcar de Castro, Regina Silveira, Francisco Stockinger, Vasco Prado e Tunga.