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Brasília

Após roubo, assassino ateia fogo em corpo de vítima no Gama

Arquivo Geral

02/09/2014 18h48

Por conta de R$ 8 mil, um homícidio terminou com um corpo carbonizado em uma estrada de chão, na subida do Jardim Serra Dourada, no Gama. Na manhã desta segunda-feira (1º), Marcondes Alves de Lima, 43 anos, confessou ter assassinado Roberto Carlos Pereira Santos, 33 anos, seu colega como pedreiro. 

De acordo com informações da polícia, o irmão da vítima compareceu a delegacia na manhã desta segunda para informar sobre o seu desaparecimento. O delegado-chefe da 20ª DP Francisco Antônio da Silva explica que Marcondes, que sabia das intenções do amigo para comprar um carro novo, planejou a morte de Roberto Carlos para roubar o dinheiro. 

“O autor do crime disse, inicialmente, que havia ligado para o irmão da vítima para avisar que ele já havia comprado o carro e que havia viajado para o Piauí”, explica o delegado-chefe. O irmão de Roberto não acreditou na versão contada por Marcondes para justificar o sumiço. “Ele afirmou que o irmão não tinha discernimento para agir dessa forma”, lembrou o delegado.

Ainda segundo a autoridade policial, Marcondes esteve na casa da família na noite de domingo. O acusado chegou questionando sobre o paradeiro da vítima. “Ele agiu de maneira dissimulada por aparecer na casa de Roberto Carlos, perguntando o que havia acontecido com a vítima”, conclui.

Depois de confessar o crime, o assassino levou os policiais ao local onde havia assassinado o amigo a pauladas e, posteriormente, ateado fogo no corpo, que foi encontrado ainda em chamas. 

O crime

Após iniciar as buscas pelo paradeiro de Roberto Carlos e por meio de fatos apresentados na investigação, a polícia passou a suspeitar do envolvimento de Marcondes no crime. Os agentes foram até a casa do acusado na tarde desta segunda (1º), em Santa Maria e encontraram todas as evidências do delito.

No quarto de Marcondes foram encontradas as roupas usadas pelo suspeito, já lavadas e postas para secar. A polícia ainda observou que o carro de Marcondes estava parcialmente limpo, o que levantou suspeitas.

Ele revistaram o interior do Palio Weekend, ano 2000, e encontraram a quantia de R$ 1.150 no porta luvas. “Essas evidências foram cruciais para o desdobramento do caso. Estas atitudes suspeitas deram a entender que Marcondes estava querendo esconder alguma coisa”, afirma o delegado.

Após ser detido e levado para a delegacia, Marcondes foi confrontado com os fatos e acabou confessando a autoria do crime. Segundo ele, o latrocínio ocorreu depois de uma discussão que tiveram no último domingo (31) à noite. Marcondes desferiu um golpes de pauladas na cabeça de Roberto Carlos, que acabou falecendo no local.

Para esconder o cadáver, Marcondes comprou um galão de gasolina em um posto de combustível na manhã de segunda-feira (1º). Ele levou o corpo de Roberto Carlos para uma estrada de chão, na subida do Jardim Serra Dourada, onde ateou fogo.

O acusado também confessou ter escondido a quantia de R$ 4.430 mil no lixão de Santa Maria, envolvidos em um saco plástico. Os agentes foram levados ao local e resgataram o dinheiro. O galão de gasolina, utilizado no crime, também foi encontrado no mesmo local.

Marcondes Lima já possui três passagens na polícia por importunação ofensiva ao pudor e duas por comunicação falsa de crime, todos cometidos no Gama. Por este delito, o acusado responderá pelo crime de latrocínio e ocultação de cadáver, podendo pegar até 30 anos de reclusão.

 

 

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