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Brasília

Vendas durante a Copa ficam abaixo do esperado no DF

Arquivo Geral

29/07/2014 11h22

A maioria dos empresários brasilienses (46,2%) avaliou a realização da Copa do Mundo no Brasil de forma negativa do ponto de vista de vendas. É o que mostra o levantamento do Instituto Fecomércio feito entre os dias 14 e 18 de julho, após o Mundial. Foram consultadas 238 empresas, sendo 53,4% do Plano Piloto e 46,6% de outras regiões administrativas.

Entre os comerciantes que aprovaram a organização do torneio (36,6%), os que mais se mostraram satisfeitos com o faturamento durante a Copa foram os proprietários de lojas de material esportivo: 51,2% declararam o evento como positivo.

Para o presidente da Federação do Comércio, Adelmir Santana, essa situação já era esperada. De acordo com ele, durante a Copa todos os segmentos ligados ao evento saíram ganhando, como as lojas de material esportivo, os hotéis, os shoppings e os bares e restaurantes. Entretanto, os outros setores não registraram aumento nas vendas. “O Dia dos Namorados, por exemplo, coincidiu com a abertura da Copa e isso atrapalhou bastante uma data que é considerada a terceira mais importante para o nosso setor. Além disso, em alguns horários o comércio não funcionou e no final das contas quem tinha um dinheiro extra acabou optando por comprar ingressos para os jogos ou consumir produtos do evento”, explica o presidente da Fecomércio.

Apesar disso, Adelmir Santana considera que a realização da Copa foi muito positiva para imagem do País e isso trará benefícios no futuro. “Quem visita um país e é bem recebido fica sempre com vontade de regressar. Essa imagem se reflete em todas as áreas, seja no mundo dos negócios, no turismo ou na política internacional”, destaca.

Entre os benefícios trazidos pelo evento, os empresários que aprovaram a Copa no Brasil, destacaram o Turismo (47%) e Mais Vendas (28,9%) como as principais vantagens. Já para os empreendedores que avaliaram o evento como negativo, os itens Superfaturamento e Queda nas Vendas foram os mais citados, com 32,6% e 51,7% das respostas, respectivamente.

Já em relação ao impacto negativo, os empresários entrevistados responderam que houve queda nas vendas (média de -8,76%). Mesmo com o aumento nos segmentos de materiais esportivos e calçados, não houve influência positiva nos outros setores.

A maioria dos lojistas entrevistados (67,2%) fez investimentos para atrair mais clientes, dentro desse universo, 37,8% optaram por uma vitrine mais elaborada e 32,1% em propagandas. A justificativa mais citada para os que não quiseram fazer investimentos em seus estabelecimentos por causa do Mundial foi a de que não houve necessidade, com 87%.

Os itens mais vendidos em função da Copa do Mundo foram: artigos ligados ao Mundial e camisas do Brasil. Os gastos acima de R$ 200 foram os mais citados pelos lojistas (33,6%). As formas de pagamento mais utilizadas pelo consumidor nesse período foram os cartões de crédito e débito, com 83,6%, seguido por pagamento à vista – dinheiro ou cheque -, com 10,9%.

Com relação à geração de empregos, 7,6% dos lojistas declararam ter realizado contratações temporárias para o período da Copa do Mundo. Durante o campeonato, estima-se que o mercado de mão de obra ocupada teve aumento de 1,30%. A maioria dos empresários disse que seus funcionários não tiveram dificuldades em atender o público estrangeiro (90,3%). Os segmentos pesquisados foram: eletroeletrônicos, calçados; lojas de departamento; loja de variedade; material esportivo, perfumaria; restaurantes e vestuário.

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