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Brasília

Escola Meninos e Meninas do Parque já atende quase 100 estudantes

Arquivo Geral

27/07/2014 11h05

Fundada em 1992, a Escola Meninos e Meninas do Parque (EMMP) atende hoje 97 alunos, a maioria composta por crianças e jovens em situação de rua ou que moram em abrigos do Distrito Federal.

“Nós buscamos fazer mais que a escolarização deles. Muitos estão fora de uma sala de aula há anos, e, quando chegam aqui, não tem como trabalhar apenas o conteúdo programático com eles. A gente precisa acolher essas pessoas para que elas se sintam à vontade e fiquem”, explicou a coordenadora pedagógica, Ivete Aguiar, à Agência Brasília.

De acordo com a professora, a escola atende os estudantes no período da tarde. Pela manhã, aqueles que moram na rua são encaminhados aos Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centro Pop) ou ao programa Cidade Acolhedora, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), para que façam o asseio pessoal e se alimentem. Às 12h, eles chegam à EMMP, almoçam e, na sequência, seguem para as salas de aula.

“Nosso principal objetivo é formar o cidadão. A qualquer época do ano, a pessoa pode vir se matricular. A gente procura facilitar na questão de documentação para que não percamos o estudante e ele não perca a oportunidade de ser reinserido na sociedade”, destacou a coordenadora.

Ela lembra que a instituição pública acolhe hoje praticamente meninos e meninas fora da série adequada para suas idades. Assim, existem dois projetos: Educação de Jovens e Adultos e Correção de Idade e Série.

Apesar das parcerias com os órgãos da Sedest, a instituição educacional é composta por funcionários da Secretaria de Educação e é uma das principais escolas na capital do país voltadas exclusivamente para atender esse público.

Após mais de 20 anos de existência, a EMMP comemora alguns resultados positivos. Um de seus ex-alunos foi aprovado no vestibular da Universidade de Brasília, e outros ingressaram em instituições particulares. Alguns foram inseridos diretamente no mercado de trabalho, e grande parte saiu das ruas. “Eles normalmente não voltam para suas famílias, mas constituem uma nova família”, finalizou a coordenadora pedagógica.

 

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