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Brasília

Rodoviários se reúnem para negociar o fim da greve

Arquivo Geral

16/07/2014 7h54

Representantes do Sindicato dos Rodoviários e das empresas Pioneira, Marechal e São José, estão reunidos neste momento para negociar o fim da greve dos rodoviários, que teve início na manhã desta quarta-feira (16). 

Segundo informações, por volta das 10h30 desta quarta, eles já estavam reunidos. Não há previsão do término das negociações e consequentemente, do término da greve. Os representantes não informaram o local da reunião.  

 

TRANSTORNOS

Cerca de 320 mil usuários do transporte público do Distrito Federal foram afetados pela greve dos rodoviários das empresas Pioneira, Marechal e São José. De acordo com o Transporte Urbano do DF (DFTrans), mais de 1600 ônibus, incluindo os que fazem as rotas do BRT Expresso Sul, estão paralisados, atingindo moradores de 18 regiões administrativas da capital, entre elas Santa Maria, Gama, Ceilândia, Samambaia e Planaltina.

Paralisados desde às 7h da manhã, a volta para casa promete mais problemas para os passageiros que dependem dos ônibus. De acordo com Leandro Pereira, diretor do Sindicato dos Rodoviários, os trabalhadores só voltam a trabalhar quando ocorrer o depósito dos 20% de reajuste salarial acertado entre empresários e o Governo do Distrito Federal (GDF) no início do mês de junho. O combinado era de que o pagamento fosse feito até ontem.

No terminal de Santa Maria, o cenário era de caos. Centenas de passageiros estavam com a expectativa de que os ônibus voltassem para seguirem ao trabalho ou compromissos marcados. Carlos Wemerson de Oliveira chegou ao local por volta das 7h10 e não sabia o que fazer para chegar ao trabalho, no Riacho Fundo I. Vendedor em uma loja de celulares, ele temia levar falta. “Os chefes não entendem. Se eu não for trabalhar hoje, vão descontar um valor muito alto do meu salário”, diz. A atendente de lavanderia, Marília Rodrigues, estava na mesma situação. Ela chegou a ligar para o chefe, mas ele pediu que ela desse um jeito de chegar ao trabalho. Sem opções, ela apenas decidiu esperar.

 

NEGOCIAÇÕES

As paralisações começaram na manhã de terça-feira (15), quando os motoristas e cobradores das cooperativas Coortarde e Riacho Grande cruzaram os braços com a justificativa de que não receberam o pagamento do mês de julho. Na ocasião, o DFTrans disponibilizou ônibus extras para atenderem os moradores das cidades afetadas. 

Um motorista da empresa Pioneira, que prefere não se identificar, reclama que os atrasos são frequentes, mas que os rodoviários fazem o possível para não paralisarem os trabalhos. “Infelizmente, a população não entende o nosso lado. A greve é a última opção”, conta. Segundo o diretor Leandro Pereira, o sindicato dos rodoviários está em negociação com os empresários para tentar resolver a situação.

Maria do Socorro Amaral, moradora de Santa Maria, se sente prejudicada com as paralisações, mas compreende o lado dos rodoviários. “Estão lutando pelos direitos deles”, afirma. O Jornal de Brasília tentou entrar em contato com os representantes das empresas, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

 

PROTESTOS

Moradores do Gama fecharam os dois sentidos da DF-480 no início da manhã. Revoltados com a falta de ônibus, cerca de 80 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, bloquearam a principal saída da cidade, provocando congestionamentos na via. 

 

REFORÇO

Em função da greve, o Metrô-DF intensificou a quantidade de trens a partir desta quarta-feira (16). Nos horários de pico, manhã e noite, 24 trens estarão em cirulação. Nos horários alternativos, o metrô irá operar com a quantidade normal de 20 trens.  

Para desafogar o trânsito, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) irá liberar as faixas exclusivas para ônibus na EPTG e EPNB durante todo o período da greve. Segundo o DER, as faixas serão liberadas nos dois sentidos das vias. 

 

*Com informações de Jéssica Lília.

 


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