Luis Augusto Gomes
Todo o aparato da Segurança Pública está mobilizado a procura da presidiária Daiane Mota dos Santos, de 29 anos, ligada a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ela fugiu dentro de um contêiner de lixo, do Presídio Feminino do Distrito Federal, conhecido como Colmeia, no Gama, sem ser percebida pela sistema de segurança.
A fuga, ocorreu no início da tarde da última quinta-feira (22), mas só foi percebida por volta das 18h, durante a contagem das internas. Os órgãos da Segurança Pública mantêm o caso em sigilo. No entanto, o subsecretário de Sistema Penitenciário do DF (Sesipe), Cláudio Magalhães garante ter instaurado sindicância para apurar as circunstâncias da fuga.
A mulher estava presa em uma cela com outras 11 internas. Uma denúncia não confirmada aponta que as outras presas estariam sofrendo represália por não ter denunciado a colega. O caso foi levado à Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa. A presidente, deputada Celina Leão, disse que vai comunicar o possível maus-tratos ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e que a comissão vai acompanhar o desfecho. “A estrutura do presídio feminino é muito precária”, afirma.
Daiane Mota dos Santos é considerada como de alta periculosidade, não só pelo possível envolvimento com o PCC como também por ser autora da morte de três pessoas. Ela já esteve presa nas delegacias do Guará, Taguatinga, Planaltina, Recanto das Emas e Riacho Fundo. A diretora do presídio feminino, delegada Deuselita Martins diz que trabalha na captura da fugitiva e afirma que ela ainda está no DF. “Temos informação que ela está sem dinheiro para deixar a cidade”, disse.