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Brasil

Ministério Público do Rio oferece denúncia contra ex-comandante do COE

Arquivo Geral

04/08/2015 12h14

O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia à Justiça nesta terça-feira, 4, contra o ex-comandante de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro pelo crime de lavagem de dinheiro. A investigação contra ele foi iniciada durante a Operação Amigos S.A. Em setembro do ano passado, Fontenelle foi preso. Ainda segundo a denúncia, ele praticou o crime de lavagem de dinheiro três vezes, cuja pena pode chegar a dez anos para cada episódio, além de multa.

Além do ex-comandante do COE, foram denunciados pelo MP pelos mesmos crimes o ex-subcomandante do 14º Batalhão de Polícia Militar (Bangu) major Carlos Alexandre de Jesus Lucas, o ex-chefe da P2 do batalhão capitão Walter Colchone Netto, o ex-coordenador operacional da unidade major Edson Alexandre Pinto de Góes e as advogadas Maria Mércia Fontenelle de Oliveira e Maria Paula Fontenelle de Oliveira, respectivamente, mãe e irmã do coronel Fontenelle.

Deflagrada em setembro de 2014, a operação Amigos S.A. denunciou 26 policiais militares do 14º Batalhão de Polícia Militar pelo crime de associação armada criminosa. Segundo o MP, a quadrilha exigia pagamento de propinas de comerciantes, mototaxistas, motoristas e cooperativas de vans na área do batalhão. Um mototaxista que integrava o esquema também foi preso.

As novas denúncias apresentadas hoje são desdobramentos da operação, que foi batizada, nesta nova fase, de Operação Profilaxia. Atuam em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (SSINTE/Seseg) e a Corregedoria da PM. Nesta terça-feira, 10 mandados de busca e apreensão são cumpridos em vários pontos do Rio.

O MP afirma que Fontenelle é proprietário de dois apartamentos registrados em nomes de outras pessoas, além de uma casa em Búzios, município da Região dos Lagos. Somados, os apartamentos valem R$ 1,7 milhão.

Também foram encaminhadas cópias dos autos para a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, que apura o crime de improbidade administrativa por incompatibilidade patrimonial, informou o Ministério Público.

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