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Brasil

Funcionários do Mcdonalds fazem manifestações em todo o país

Arquivo Geral

15/04/2015 9h53

Nesta quarta (15) ocorrerão protestos em diversas cidades brasileiras em favor dos direitos dos trabalhadores do McDonald’s no Brasil. Com a mobilização, o país marca sua participação no Dia de Ação Global, que contará com protestos, mobilizações e greves em cerca de 40 países, entre eles Japão, Itália, Inglaterra, Argentina, El Salvador e Estados Unidos, onde 60 mil pessoas em mais de 200 cidades farão um dia de greve.

Em Brasília, a manifestação será às 11h30 em frente ao McDonald’s localizado no setor Hoteleiro Norte Quadra 5, Bloco K, Loja 60, no Eixo Monumental.

O protesto em Goiânia ocorrerá na Avenida T-63, 1100, Quadra 143, do lote 04 ao 13, no setor Bueno. A ação está prevista para começar às 11h30 e terminará às 13h30.

Às 10h30, manifestantes vestindo camisetas e portando bandeiras e faixas começam a se concentrar no Vão Livre do Masp, em São Paulo, de onde sairão em passeata, marcando assim a terceira etapa da campanha nacional #SemDireitosNãoéLegal. O protesto, previsto para prosseguir até 12h30, terminará em frente a uma loja da cadeia de fastfood na Avenida Paulista.

Em Salvador, os manifestantes vão se reunir na Rua Oswaldo Cruz, no Rio Vermelho. O protesto acontecerá entre 11h e 13h.

O objetivo de toda essa mobilização é alertar a população sobre o desrespeito recorrente e contínuo aos direitos dos trabalhadores  da rede McDonald’s em todas as partes do mundo, inclusive no Brasil. A campanha brasileira iniciou-se no dia 24 de fevereiro com o ingresso na Justiça trabalhistas de uma ação civil pública denunciando a prática de “dumping social”  e recobrou forças em março, quando a empresa foi acionada uma vez mais. O McDonald´s é acusado de praticar a jornada móvel variável, o acúmulo de funções sem a devida remuneração e não reconhece a insalubridade de algumas funções.

Esse modelo de negócio faz com que a rede no Brasil obtenha indevidamente vantagem competitiva sobre seus concorrentes. Entre as violações constatadas estão também o pagamento de salários com valores inferiores ao mínimo estabelecido por lei, horas extras habituais não remuneradas, supressão dos intervalos para descanso e refeições, indícios de fraudes nos holerites e no registro de horas trabalhadas, desempenho de múltiplas funções sem a devida remuneração, ausência de horários regulares de trabalho e atividades insalubres sem o uso de equipamento de proteção individual (inclusive com a utilização de mão de obra de adolescentes entre 16 e 18 anos, em atividades insalubres).

O movimento global começou nos Estados Unidos em 2012. Inicialmente restrito a Nova York, contou com a participação de 200 trabalhadores. A ação global de quartadeve contar, só nos Estados Unidos, com a participação de 60 mil pessoas, que farão greves ou atos de protesto em mais de 200 cidades dos Estados Unidos. No país de origem, além do respeito às leis trabalhistas, os trabalhadores reivindicam o pagamento de um mínimo de 15 dólares por hora. Na Europa, a principal queixa é a evasão de divisas pela corporação por meio de paraísos fiscais.

A companhia informou que respeita as manifestações sindicais e esclarece que os 46 mil funcionários da empresa são representados por 80 sindicatos em todo o País, conforme orientação do Ministério do Trabalho. Eles cumprem a legislação, seguida pela companhia desde a abertura do seu primeiro restaurante brasileiro, há 36 anos. Especificamente na cidade de São Paulo, o sindicato em questão, que organiza as manifestações, não possui amparo legal para representar os trabalhadores do setor, conforme decisões recentes no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

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