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Brasil

Projeto Grael desiste de assinar contrato para limpar a Baía de Guanabara

Arquivo Geral

30/03/2015 18h55

O Projeto Grael/Instituto Rumo Náutico desistiu hoje (30) de assinar contrato com a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro para implantar o programa de limpeza da Baía de Guanabara com o uso de “ecobarcos” e instalação de “ecobarreiras”. Embora o instituto tenha competência técnica para gerir o projeto de gestão do lixo flutuante da baía, pesou na decisão a falta de licitação no processo. A decisão foi unânime do conselho diretor da entidade

A gerente adjunta do Projeto Grael, Joanna Dutra, disse à Agência Brasil que todos os projetos de grande porte são submetidos ao conselho diretor para aprovação. “O conselho achou prudente a gente não correr o risco porque, sem licitação, por mais que você tenha suportes legais e caráter de emergência ou notório saber, a gente corre risco lá na frente. Por isso, o conselho diretor votou por não assinar o contrato”.

A forma da contratação levou os irmãos Torben e Lars Grael, além de outros membros do conselho, a não darem prosseguimento à negociação com a Secretaria de Estado do Ambiente. Joanna admitiu que se houver uma licitação, o Projeto Grael poderá avaliar se participará do processo. Mesmo nessa hipótese, a decisão caberá ao conselho diretor.

A gerente adjunta lembrou que o Projeto Grael tem experiência nessa área. “A gente trabalha há quatro anos monitorando as correntes da Baía de Guanabara, a gente colocou o primeiro barco catalixo para funcionar na Baía. Tem todo um know-how ao longo desse período”.

O estudo preparado pelo Projeto Grael será cedido para o governo sem ônus, como sugestão. “Porque a gente já contribui para que o lixo flutuante seja recolhido. Sempre foi uma das bandeiras do instituto a questão do lixo flutuante na Baía de Guanabara”.

Criado em 1998, o projeto desenvolvido pelos irmãos Torben, Lars e Axel Grael e o amigo e velejador Marcelo Ferreira, teve como principal objetivo usar o esporte como ferramenta de inclusão social. Em 2006, o Projeto Grael introduziu o caráter de educação ambiental. Joanna Dutra deixou claro que, ao contrário do que foi veiculado pela mídia, o contrato não era para fazer a despoluição da Baía de Guanabara, mas para fazer a gestão do lixo flutuante.

O medalhista olímpico de vela, Lars Grael, destacou a importância da gestão do lixo flutuante para os Jogos Olímpicos de 2016, a fim de que o país possa oferecer “uma raia mais justa e igualmente competitiva para os atletas”.

As aulas de vela, natação e oficinas profissionalizantes oferecidas gratuitamente pelo Projeto Grael se destinam a crianças a partir de nove anos e jovens de até 29 anos de idade que estudam ou tenham concluído o ensino médio em escolas públicas.

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