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Brasil

Cidades montam ‘hospitais de campanha’ contra a dengue

Arquivo Geral

04/03/2015 19h45

Com o avanço da dengue, municípios do interior paulista já montam estruturas semelhantes a hospitais de campanha na guerra contra a doença. Em Rio Claro, na região central do Estado, a prefeitura usou tendas e barracas para instalar um centro de triagem com capacidade para 300 pacientes com sintomas por dia. A cidade está em situação de emergência com a epidemia, com 1,8 mil casos e duas mortes.

A unidade, inaugurada na terça-feira (3), atende também aos domingos e feriados e conta com médicos, enfermeirose técnicos de enfermagem, além de equipe de apoio. As tendas possuem leitos e equipamentos para hidratação. Os casos mais graves são encaminhados para hospitais e unidades de emergência. “Na maioria das vezes, os pacientes saem daqui para completar o tratamento em casa, o que desafoga o sistema”, disse o secretário de Saúde Geraldo de Oliveira Barbosa.

Em Marília, a prefeitura instalou o ‘polo da dengue’ anexo à Unidade Básica de Saúde Cascata, na região central, para atender pacientes com sintomas. Só os casos mais complexos são encaminhados para a rede hospitalar. O espaço tem capacidade para 150 pacientes e, além de consultas, possui estrutura para reidratação. O último balanço indica 5.811 casos de dengue na cidade.

Catanduva, na região norte, o município instalou um hospital de campanha no Colégio Jesus Adolescente, no Parque Joaquim Lopes, exclusivo para doentes com dengue. A unidade tem 70 leitos e está sempre lotada – em dias de pico, o movimento se estende à 1 hora da madrugada. Foram contratados 38 profissionais, entre médicos e equipe de apoio, para dar conta da demanda. O município está investindo R$ 300 mil por mês para manter a unidade.
A cidade chegou a 3.929 casos confirmados de dengue este ano, tendo ainda 4.459 à espera de exames. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, já são 28 as mortes suspeitas, das quais seis já confirmadas. De acordo com a prefeitura, o caso só pode ser confirmado por exame em laboratório oficial.

José Maria Tomazela

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