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SPFW traz grifes que procuram reinventar praia e moda ética na passarela

Aline Rocha

22/04/2019 17h48

Começa nesta segunda-feira (22) a São Paulo Fashion Week (SPFW), servindo de laboratório para experimentos de moda praia e sustentabilidade, duas searas com as quais a moda do país quer se posicionar no cenário internacional.

A paulista Flavia Aranha e a carioca Marcella Franklin, da grife Haight, estreiam na SPFW e aquecem a discussão sobre o papel da criação brasileira em assuntos que ela domina, ou deveria dominar.

Aranha levará um compilado de seus estudos de tingimento natural e matéria-prima colhida em locais ermos para criar uma moda sustentável, ética do fio à costura final. Na roupa, ela aplicará cores em tons rubros, conseguidos por meio da extração de restos de pau-brasil, e falará sobre os povos originários do país. A paulista é uma das únicas estilistas que usa diferentes tipos de trabalho executado por comunidades e cooperativas nacionais, tipo de terceirização controlada que tem alto valor agregado no exterior.

A pequena grife Haight também está de olho em fashionistas estrangeiros. A grife tem apenas quatro anos e foca a tesoura em imagens da praia do passado, dos anos 1950 e 1960, por exemplo, para criar peças quase minimalistas, de padrão bem diferente do tropicalismo vendido pelos conterrâneos. Cartela de cor sóbria e materiais fora do espectro da lycra, como o náilon e o tricô, representam a nova forma de Franklin pensar o look praiano.

“Me interessa uma perspectiva mais contemporânea da roupa, mais sofisticada, para que a mulher possa ir da praia para a festa. Essa abordagem tem um valor percebido interessante para o mercado internacional”, explica a estilista de 31 anos.

Esta edição da SPFW, focada em coleções de verão, terá ainda desfiles de Lenny Niemeyer, Amir Slama, fundador da Rosa Chá, e Triya, grife reconhecida internacionalmente por ter criado o biquíni “levanta bumbum”.

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