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Brasília

Habeas corpus de agente que matou PM em boate é negado

Aline Rocha

18/04/2019 12h22

O pedido de habeas corpus feito pela defesa do policial civil Péricles Marques Portela Júnior, 39 anos, foi negado pela Justiça do Distrito Federal. O policial é acusado de matar o primeiro-tenente da PMDF Herison Oliveira Bezerra, 38, em razão de um desentendimento na casa de shows Barril 66, próximo à Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB).

O assassinato ocorreu na madrugada de segunda-feira (15) e, na terça (16), a juíza Flávia Pinheiro Brandão, do Tribunal do Júri de Água Claras, decidiu manter Péricles preso. Os advogados recorreram a decisão, alegando que “não existe razão para a manutenção da prisão preventiva porque o delegado de polícia que registrou o flagrante entendeu tratar-se de legítima defesa”.

Argumentaram, também, que a prisão é ilegal e “a soltura do agente não colocará em risco à ordem pública ou à coletividade”. O desembargador de indeferiu o pedido, José Jacinto Costa Carvalho, entende que a forma como ocorreu o crime revela periculosidade por parte do policial. “Não se trata de uma conclusão absurda. No caso, realmente não há como ignorar a desproporcionalidade entre a conduta do paciente e a causa do desentendimento com a vítima, ou seja, um simples esbarrão”.

O crime foi flagrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento. Nas imagens, é possível ver o policial militar passando em frente ao agente. Eles se esbarram e o policial civil saca a arma e atira. O PM chega a pegar a pistola, mas é alvejado antes. O oficial levou três tiros, sendo dois no tórax e um no abdômen. Ele chegou a ser levado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas não resistiu aos ferimentos. Morreu por volta das 4h na unidade de saúde, deixando um filho adolescente. Uma mulher também levou um tiro de raspão na perna.

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