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“Cresci com medo de brancos, desabafa MC Carol em rede social

Arquivo Geral

17/02/2019 18h40

Divulgação

A cantora MC Carol utilizou suas redes sociais para desabafar sobre o racismo. Em um post no Instagram, neste domingo (17), a funkeira falou sobre os diversos casos em que se viu na situação ao longo de sua vida.

“Eu cresci sofrendo rascismo e gordofobia, mas o racismo sempre foi mais pesado. Eu era chamada de ‘macaca’ e ‘cabelo de Bombril’ quase todos os dias. Eu cresci com medo, medo de brancos, de entrar em ‘ambientes brancos’, escreveu na legenda da foto que ilustra uma lembrança do preconceito.

Na imagem, em que a cantora aparece vestida de noivinha ao lado de uma criança branca, ela conta as suas lembranças de infância. Em seu relato ela diz que no dia da festa junina da escola ela “entendeu tudo.

“Todo mundo queria ser a noivinha e o noivinho, da festinha junina, e aí rolou umas perguntas de matemática português e tal, pra ver quem ia ser a noiva e o noivo. primeiro foi os meninos, e o noivo foi um garoto loiro da turma que acertou mais perguntas, e a noiva ficou entre eu e uma menina loira e no final eu ganhei. O menino que ia ser o noivo, não gostou nem um pouco! Minha Vó com todo carinho, mesmo sem dinheiro pediu pra fazer esse vestido, Dona Graça praticamente deu o vestido, eu estava muito feliz, até chegar ao colégio e, descobrir que o noivinho não ia aparecer, porque ele queria dançar com outra menina da sala e como eu era a única menina negra da turma, eu entendi tudo”.

 

Visualizar esta foto no Instagram.

 

Esse foi um dois primeiros contatos com o racismo. Na verdade o primeiro foi no PRIMEIRO DIA DE AULA. No primeiro dia eu fui trancada no banheiro por meninas brancas! (Eu já postei sobre isso e eu fui questionada por lembrar disso tão pequena, deve ser porque quando doi muito, marca.) Eu saí de casa feliz com meu avô e quando meu avô foi me buscar, eu pedi socorro, chorando. Cheguei em casa, logo no primeiro dia, não querendo nunca mais voltar naquele lugar. Eu sai da creche da comunidade e fui para um colégio que a maioria não era de comunidade não vestiam roupas simples, não calçavam sapatos simples e não tinham mochilas simples, iguais as minhas e, eles me olhavam com nojo, implicavam com tudo, principalmente com minha mochila que as vezes eu usava por 3 anos seguidos e o meu cabelo. Nao havia quase negros naquele colégio, eu era minoria, e os poucos negros que tinham ali, já tinham uma mente racista. Eu pedia todos os dias, desdo primeiro dia, para o meu avô me transferir de colégio, para um colégio que tivesse negros, mais o ensino ali era mais forte e ali fiquei até a 5a série, eu sofria preconceitos dos alunos, das professoras e diretoras, sempre quando acabava o ano uma professora me jogava para outra professora. Só umas 5 pessoas me tratavam bem naquele lugar. Especialmente o porteiro seu Zé, que se metia quando tentavam me bater na saída. Mais vamos falar sobre esse dia da foto, todo mundo queria ser a noivinha e o noivinho, da festinha junina, e aí rolou umas perguntas de matemática português e tal, pra ver quem ia ser a noiva e o noivo. primeiro foi os meninos, e o noivo foi um garoto loiro da turma que acertou mais perguntas, e a noiva ficou entre eu e uma menina loira e no final eu ganhei. O menino que ia ser o noivo, não gostou nem um pouco! Minha Vó com todo carinho, mesmo sem dinheiro pediu pra fazer esse vestido, Dona Graça praticamente deu o vestido, eu estava muito feliz, até chegar ao colégio e, descobrir que o noivinho não ia aparecer, porque ele queria dançar com outra menina da sala e como eu era a única menina negra da turma, eu entendi tudo. ???????? ???????? ???????? [TEM O RESTO DO TEXTO NA PÁGINA MC CAROL]

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