Da Redação
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O bairro de Quintino, na zona norte do Rio de Janeiro, assiste à peregrinação de uma multidão no feriado estadual de 23 de abril anualmente. Devotos de São Jorge, vestidos de vermelho e branco, chegam cedo e ficam ali ao longo do dia, espalhados pelas ruas e se misturando com barraquinhas de comes e bebes.
Na celebração é possível encontrar samba, feijoada e cerveja, além de uma roda de capoeira que levanta o ânimo do público. Alguns devotos misturam camisas de times de futebol com a imagem do santo, outros manifestam a paixão por escolas de samba que têm São Jorge como padroeiro.
O feriado de 23 de abril mobiliza católicos e adeptos de religiões de matriz africana espalhados por toda a cidade. Para os católicos, São Jorge é símbolo da força de Deus na luta em favor dos povos excluídos e marginalizados. Ele é personagem de diversas histórias medievais que perduraram no tempo e que inclui o famoso relato do combate a um dragão. Na umbanda e no candomblé, ele costuma ser associado a Oxóssi e a Ogum, respectivamente, orixás da caça e da guerra.
