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Mundo

Turquia rejeita pedido de países árabes para retirar tropas do Catar

Agência Estado

25/06/2017 9h18

Atualizada

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, rejeitou neste domingo a demanda dos principais países árabes para remover as tropas turcas do Catar. Ele argumentou que sua lista abrangente de ultimatos ameaça a soberania do país do Golfo.

Em discurso feito após as orações do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, em Istambul, Erdogan chamou a demanda de “desrespeitosa” e disse que a Turquia não pediria permissão de outros ao fazer seus acordos de cooperação de defesa. “Pedir que a Turquia retire seus soldados, infelizmente, também é desrespeitoso com a Turquia”, disse.

Ele afirmou também que a Turquia continuará a apoiar o Catar contra as muitas sanções que enfrentou desde que vários países árabes se movimentaram no início deste mês para isolar o país por seu suposto apoio ao terrorismo.

Em um sinal de apoio, o parlamento turco ratificou rapidamente, no início deste mês, um acordo de 2014 com o Catar, permitindo a implantação de tropas em sua base. Os militares disseram que um contingente de 23 soldados chegou a Doha na quinta-feira.

Erdogan disse que fez uma oferta similar à Arábia Saudita para criar uma base no passado, mas não contou com uma reposta do rei saudita.

Doha recebeu uma lista de 13 pontos da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein, que incluem demandas para encerrar a rede de mídia Al-Jazeera e cortar laços com grupos islâmicos, incluindo a Irmandade Muçulmana. O país rico em energia disse que estava revisando o ultimato, mas acrescentou que não negociaria sob cerco.

O presidente da Turquia disse que seu país “admira e abraça” a atitude do Catar, enquanto rebatia as demandas argumentando que elas contradizem o direito internacional. “Aqui, vemos um ataque aos direitos de soberania de um Estado”, disse Erdogan.

Além disso, Erdogan chamou a demanda para que o Catar desligasse a Al-Jazeera de uma tentativa de tirar a liberdade de imprensa da rede e exortou grupos de direitos humanos a se manifestarem contra isso. Fonte: Associated Press.

Fonte: Estadao Conteudo

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