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Futebol

Vice presidente lista dificuldades do COI em convencer cidades-sede

Arquivo Geral

22/03/2017 11h14

Depois de Hamburgo, Roma e Budapeste retirarem suas candidaturas a sediar os Jogos Olímpicos de 2024, apenas Los Angeles e Paris restaram como opções ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Vice-presidente da entidade, Juan Antonio Samaranch contou em conversa com o jornal espanhol As, as dificuldades que o COI vem tendo para convencer os municípios a realizarem a empreitada de receber o maior evento esportivo do mundo.

“A realidade é que só temos dois maravilhosos candidatos. Por que? Primeiro: segue custando muito, em torno de 50 milhões de dólares. Tem que baixar, não é justificável. Segundo: existe uma noção pública que é um risco para a cidade e ao Estado. Terceiro: uma grande quantidade de movimentos populares que afetam os principais países. Existe um movimento de ‘não’ contra os Jogos no ocidente”, afirmou Juan Antonio.

Em Hamburgo, na Alemanha, a população votou um referendo contra a cidade sediar tal evento e obrigou as autoridades a remover a candidatura. Já na Hungria, o prefeito de Budapeste pediu para o Comitê Húngaro retirar a cidade da votação após um movimento chamado Momentum recolher assinaturas e exigir uma consulta popular. Roma também deu seu “não” ao COI após uma votação em assembleia.

“As cidades não estão armadas para se defender dos movimentos de negação. Estaremos ombro a ombro com elas para lhes dar um argumento de defesa nessa fase. Precisamos fazer uma fase prévia mais longa e uma fase de candidatura mais curta, de seis meses”, acrescentou o vice-presidente.

Sobre as Olimpíadas realizadas no Rio de Janeiro em 2016, Juan não poupou elogios. “Nos disseram que não poderíamos ir pelo Zika, a contaminação e os assassinatos. E fizeram uma grande edição dos Jogos. O legado? Na juventude e nos esportes chegamos a 16 mil escolas com programas permanentes. Creio que criaram um metrô e um sistema de ônibus rápidos. Houve um recorde de turismo. A desigualdade foi reduzida”, disse.

Ainda sobre as denúncias de corrupção nos processos de eleições da Rio 2016 e de Tóquio 2020, Juan foi político. “O COI também está sujeito às debilidades humanas. Parece que houve corrupções de alguns membros como Lamine Diack, suspenso, ou Frankie Fredericks, que pediu autossuspensão. Esse não é um dos problemas da entidade”, completou.

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