Menu
Futebol

Racismo no futebol brasileiro é reflexo da sociedade, afirma Raí

Arquivo Geral

12/03/2014 16h20

Combatido pela Fifa e outras entidades esportivas, atos racistas ganharam as manchetes do futebol na última semana. Ídolo do São Paulo e campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1994, o ex-meia Raí acredita que episódios como as ofensas dirigidas ao volante Arouca, do Santos, durante partida em Mogi Mirim, não estão restritas aos estádios.

“O futebol, como esporte mais popular do país, tem um lado positivo e outro preocupante. Se isso está acontecendo nos estádios, é porque acontece também na sociedade”, afirmou Raí em evento realizado no Museu do Futebol.

Segundo o ex-jogador, as “punições exemplares” que estão sendo tomadas pelas autoridades são a solução para coibir o racismo no esporte. No caso de Arouca, o Mogi Mirim teve o estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira, o Romildão, interditado por tempo indeterminado.

“Se possível, é preciso individualizar essas punições também. Ir atrás, investigar quais são os grupos que incentivam isso. Quando a punição no futebol é exemplar, a repercussão para que isso (racismo) seja coibido é muito maior. Se passar impune no futebol, com certeza passará impune na sociedade”, disse.

Além do episódio envolvendo Arouca, outros dois casos foram registrados nos últimos dias. No Campeonato Gaúcho, o árbitro Márcio Chagas da Silva foi xingado e encontrou bananas sobre o seu carro após o jogo entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves. Mandante, o Esportivo será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul, e pode ser punido com a perda de até nove pontos.

Assis, lateral do Uberlândia, foi ofendido por um membro da torcida do Mamoré durante partida do Módulo 2 do Campeonato Mineiro. A injúria racial foi confirmada por outras pessoas presentes no estádio Bernardo Queiroz, em Patos de Minas, e o torcedor foi preso.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado