Edson Porto nasceu em Araguari (MG) em 1932. Formou-se em medicina na Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro e escolheu Goiânia para começar a carreira como pediatra, em 1956. Foi ali que surgiu a oportunidade de vir para Brasília, que ainda iria começar a ser construída. Por meio de um acordo com seu chefe, o médico Luis Rassi, Edson seria o primeiro profissional de medicina daquele imenso canteiro de obras e, em contrapartida, seria integrado definitivamente ao hospital em que trabalhava na capital de Goiás. Mas isso nunca aconteceu. Porto escolheu ficar em Brasília até o fim da vida.
Logo que chegou, Edson foi morar dentro do posto médico, trazendo na bagagem medicamentos para diarreia, antitérmicos, antibióticos e soro antiofídico, já que as picadas de cobra era muito comuns na futura capital.
Depois disso, foi o diretor do primeiro hospital da cidade, o do IAPI, que mais tarde seria batizado de Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), localizado onde, hoje, funciona o Museu Vivo da Memória Candanga.
Após a inauguração da capital, Edson permaneceu na cidade, onde casou e teve cinco filhos. E continuou exercendo a pediatria até se aposentar aos 60 anos. Além da medicina, ele também fundou a Associação Brasiliense de Sinuca, uma de suas paixões, e chegou a ser violinista na Orquestra Sinfônica de Brasília.
Edson Porto morreu por consequência de um câncer em 2018, aos 86 anos.