As reclamações de clubes brasileiros não adiantaram. Jogadores que atuam no País voltaram a figurar na convocação de Dunga para as partidas contra Argentina e Japão, em outubro. Cruzeiro, Corinthians, Botafogo, Atlético-MG e Santos ficarão desfalcados, assim como ocorreu à época dos compromissos da Seleção Brasileira com Colômbia e Equador.
“Conversei com treinadores de clubes brasileiros, e todos foram muito contundentes. Disseram que a situação deles é difícil, mas que entendem bem o sonho de um jogador de atuar na Seleção Brasileira. É complicado ter uma oportunidade, e estamos em um início de trabalho. É o momento de eles se firmarem. Então, não serão os seus treinadores que tirarão isso deles”, comentou Dunga, nesta quarta-feira.
Líder do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro cederá os meias Everton Ribeiro e Ricardo Goulart para a Seleção Brasileira. Já o Corinthians perderá o zagueiro Gil e o volante Elias. Do Botafogo, sairá o goleiro Jefferson, enquanto os atacantes Diego Tardelli e Robinho virão de Atlético-MG e Santos, respectivamente.
Apesar de garantir ter a compreensão desses clubes, Dunga aproveitou o assunto para deixar um aviso. “O questionamento é válido, mas a gente tem liberdade e democracia dentro da CBF. Quem não quiser que os seus jogadores não sejam convocados pode mandar uma carta, que vamos atender. Mas acredito que ninguém fará isso”, disse.
Depois do posicionamento de Dunga, o presidente da CBF fez questão de se mostrar político. “Agradeço aos dirigentes do clube pela compreensão, pela colaboração. Sempre existirá diálogo entre a CBF e os times que cedem os seus jogadores. Tenho certeza absoluta de que o interesse de todos é valorizar o futebol brasileiro”, discursou José Maria Marin.
Na mesma linha de raciocínio, Dunga havia rebatido quem contesta a sua aposta em atletas que disputam o Campeonato Brasileiro. “Antes, todo o mundo questionava o fato de não trazermos jogadores daqui. Agora é o contrário”, ironizou.
