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Futebol

Brasileirão: técnicos medalhões cobram caro, mas não conseguem emprego

Arquivo Geral

18/04/2014 7h30

O Campeonato Brasileiro começa amanhã, mas alguns técnicos renomados do futebol brasileiro não estarão à beira do gramado conduzindo as equipes. Nomes como o de Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leão, Joel Santana e Renato Gaúcho não serão vistos em nenhum clube na primeira rodada do Brasileirão 2014.

Atualmente, as razões para que os medalhões do futebol brasileiro estejam sem clube são várias, mas há quem diga que interesses pessoais estejam sendo colocados à frente de currículos de destaque na hora de contratar os comandantes dos times brasileiros. 

Isso é o que pensa Joel Santana. Com passagens por diversos clubes brasileiros, além de ter comandado a seleção da África do Sul na Copa do Mundo em 2010, o “papai Joel”, como ficou conhecido, é um dos que acreditam que o currículo não é mais tão importante na contratação dos treinadores. 

“Hoje em dia, o treinador não vale pelo currículo e contratam mais pela necessidade do clube”, afirmou, em entrevista feita pelo Jornal de Brasília. 

O sucesso adquirido durante anos de carreira, também não soma pontos para treinadores experientes. Para Joel, os dirigentes passam a procurar defeitos nos técnicos para barrar as contratações. “O Brasil é o país que mais sábios tem no mundo. Para mim, o sucesso não se contesta. Chega um ponto da carreira em que se esquecem do que você conquistou e passam a procurar defeitos”, sentencia. 

 Financeiro pesa

Considerados caros, os renomados técnicos são levados em consideração em caso de mudanças no comando das equipes, mas muitas vezes os altos salários cobrados pelos profissionais fazem com que os times desistam de contar com os treinadores em seu quadro de funcionários. “Olha, acho que na vida a gente cobra quanto a gente vale. Na hora que o time perde, cai tudo nas costas do técnico”, justifica. 

Interesses pessoais 

Para Joel Santana, outro problema que atrapalha na contratação de técnicos conhecidos é o de interesses pessoais. E esse é o ponto que mais incomoda o treinador.

“O que ocorre é uma coisa clara e evidente. Não se pode contratar técnicos levando em conta interesses pessoais. Muitas vezes, é mais fácil contratar técnicos inexperientes porque tem algo envolvido. A analogia que eu faço é que você não vai pegar um piloto de avião para fazer a rota Rio-Paris um dia depois de ele terminar o curso. Ele vai pegar experiência com os mais experientes para então fazer rotas mais longas”, dispara. 

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