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Olhares para os invisíveis em exposições

Arquivo Geral

27/10/2014 8h30

O policial rodoviário federal Renato Lucena traz ao público de Brasília uma mostra de fotografias de pessoas consideradas muitas vezes invisíveis à sociedade: andarilhos que transitam no anonimato por rodovias. A exposição, em cartaz até 5 de novembro, no Shopping Pátio Brasil (W3 Sul), é resultado de uma iniciativa individual de Lucena e as fotografias foram feitas em estradas de Cristalina, em Goiás.

Ao todo, são 20 imagens de 21 personagens, além de depoimentos dos fotografados, que muitas vezes se sentem excluídos da sociedade por terem optado por uma vida fora dos padrões e terem encontrado na estrada o sentido da vida. É o que relata, por exemplo, o depoimento do personagem Renê, que partiu pelas rodovias do País, depois de perder todos os seus pertences em uma enchente que atingiu a casa onde morava, em Vitória (Espírito Santo).

A partir da exposição, os personagens que, aparentemente vieram de lugar nenhum, relatam suas origens e um pouco de sua história. Eles já foram cozinheiros, caseiros, autônomos e vieram, muitas vezes, de estados distantes da capital.

Itinerância seguirá para Brazlândia

Coordenada e idealizada pelo artista plástico Luiz Henrique Costa, a mostra patrocinada  pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC) mapeou cinco escolas públicas de  diferentes regiões do DF: São Sebastião, Varjão, Ceilândia, Planaltina e Sobradinho. Cerca  de 40 crianças que vivem em condições difíceis e têm contato com o crime desses centros  de ensino foram escolhidas para fotografar. 

Após trabalho intensivo de mais de dois meses  guiado por psicóloga e oficinas de fotografia, 34 fotos marcantes foram escolhidas para a  exposição.

“Foi um projeto que sempre quis fazer. Dar espaço para essas crianças falarem pela arte”, conta o coordenador Luiz Henrique.

A partir do próximo sábado, a exposição poderá ser vista no Terminal Rodoviário de Brazlândia.

Realidade registrada por crianças

Olhares sobre os excluídos, usuários de drogas, famílias em situação de risco expostas à violência. Imagens feitas por crianças vítimas de uma realidade cruel. Em cartaz até 20 de dezembro, a exposição Veja O Que eu Vejo leva de graça, para 11 regiões administrativas do Distrito Federal, fotografias feitas por crianças e jovens entre 10 e 14 anos que têm convivência com a criminalidade, drogas ou alguma forma de violência. As obras, que já passaram pelo Varjão e pelo Jardim Zoológico, ficam em cartaz até quinta na estação do metrô de Ceilândia Centro, das 6h às 23h30.

As crianças adentram na sua própria rotina para revelar situações difíceis. As imagens falam e ferem, muitas vezes com a pureza que essas crianças ainda guardam dentro de si. Destaque para fotos como a de um tênis no meio de um campo de futebol. Aparentemente sem significado, no olhar do fotógrafo, uma criança que não pode ser identificada, a foto representa o campo onde usuários de drogas se reúnem. O tênis fora deixado após uma fuga da polícia.

Personagens das Rodovias   

Até 5 de novembro, no Shopping Pátio Brasil (W3 Sul). Visitação de segunda a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 14h às 20h.  Entrada franca. Informações:  2107-7400. Classificação livre.

 Veja o Que Eu Vejo    

Até quinta-feira, na Estação do Metrô Ceilândia Centro.  Visitação de segunda a sábado, das 6h às 23h30. Domingo,  das 7h às 19h. Entrada franca. Classificação livre.

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