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CCBB Brasília exibe Mostra Marlene

Arquivo Geral

30/09/2014 12h30

Cantora, atriz, ícone de moda e musa de gerações. Nascida Maria Magdalena Von Losch na Alemanha de 1901, Marlene Dietrich ficou mundialmente conhecida tanto pelas personagens a là femme fatalle que eternizou no cinema nas décadas de 1930 e 1940 quanto pelo seu vestuário transgressor, que incluía calças compridas, ternos e fardas militares – até então restritos ao guarda-roupa masculino. A diva do cinema preto e branco agora é tema de mostra no CCBB Brasília, entre os dias 1º e 20 de outubro. Os curadores Arndt Roskens e Fábio Savino selecionaram 25 filmes, inclusive as sete obras em 35mm que Marlene rodou com o cineasta austríaco Josef von Sternberg. “As produções oriundas desta parceria são as mais marcantes da filmografia do diretor, e também as mais importantes em termos de renovação de linguagem cinematográfica que compõem a mostra”, avalia Savino.

O restante da programação será exibido nos formatos DVD/Blu-Ray e contempla clássicos de grandes diretores, como Orson Welles, Alfred Hitchcock e Fritz Lang. “Com este último Marlene odiou filmar e a fazia questão de chamá-lo de ditador”, relembra Savino. A mostra terá ainda os documentários “Marlene”, do austríaco Maximilian Schell e “Marlene Dietrich: Sua Própria Canção”, dirigido por David Riva, neto da atriz. O filme de Schell guarda uma curiosidade: a ausência de imagens foi a condição imposta por Marlene para participar do projeto, após vários anos de recusas. O filme foi rodado já no final da carreira da atriz, quando ela estava reclusa em seu apartamento em Paris e não se deixava mais fotografar ou filmar, para preservar o imaginário criado em torno dela, de juventude e perfeição. Em tom de brincadeira, costumava dizer que foi contratada “para 40 horas de conversa”. Ainda assim, suas reações, silêncios e divagações são tidos como um revelador testemunho.

Marlene Dietrich ganhou fama internacional com o clássico alemão ‘O Anjo Azul’ de 1930, que já nasceu com duas versões. Como a indústria a indústria cinematográfica da época ainda não conhecia a dublagem, cada cena do filme foi filmada em alemão e em inglês, para atender ambos os mercados. O filme também marcou o início do que viria a ser uma promissora parceria com Sternberg. Nos seis clássicos produzidos pela dupla em Hollywood, a loura fatal representou mulheres de reputação duvidosa, vamps sedutoras e devoradoras de homens. Cada filme é marcado pela qualidade cinematográfica e busca estética, ganhando status de imortalidade. São desta fase as produções ‘Mulher satânica’, ‘A imperatriz galante’, ‘A Vênus loira’, ‘O expresso de Shangai’, ‘Desonrada’, e ‘Marrocos’ pelo qual foi indicada ao Oscar. Após a parceria com o cineasta austríaco, Marlene colecionou trabalhos marcantes com os grandes diretores dos anos 40 e 50, tais como Ernst Lubitsch, Orson Welles, Billy Wilder, Alfred Hitchcock, Fritz Lang, entre outros.

Nascida em Berlim, Marlene estudou Artes Cênicas e participou de vários filmes mudos até ser descoberta por Josef Von Sternberg; que a levou para os EUA onde viria a trabalhar nas décadas seguintes para os grandes estúdios de Hollywood. Na década de 30 foi convidada por Josef Goebbels para protagonizar filmes pró-nazistas, mas recusou o convite e se tornou cidadã norte-americana. Durante a Segunda Guerra Mundial, apoiou o exército dos Estados Unidos e cantou na Europa para as tropas aliadas, para divertir e aliviar os soldados em combate. Depois da guerra, Marlene iniciou uma segunda carreira como cantora, se apresentando em grandes shows em Las Vegas. Morreu aos 90 anos, em Paris onde viveu seus últimos anos em reclusão total no apartamento em que morava.

Tanto na vida pessoal como no cinema Marlene sempre foi uma figura à frente de seu tempo. A sua atitude liberal, a sua atuação firme contra o nazismo e racismo, e a sua emancipação feminina se refletem na sua filmografia e na sua atuação.. Em Paris, políticos tentaram impedir que ela aparecesse vestida de terno em público, mas não conseguiram. Numa cena em ‘Marrocos’, ela canta num clube e, após a música, leva uma rosa para uma mulher da plateia e lhe dá um beijo na boca. Óbvio a passagem virou um escândalo enorme em Hollywood.

 

 

Programação Mostra MARLENE – CCBB Brasília

 

Dia 01/10 – Quarta-feira

16h30 – A mundana – 116 min, Digital HD, 1948, Livre.

19h – Desonrada – 91 min, 35mm, 1931, 12 anos.

21h – Marrocos – 91 min, 35mm, 1930, 12 anos.

 

Dia 02/10 – Quinta-feira

16h30 – Marlene, sua própria canção – 112 min, Digital SP, 2004, 12 anos.

19h – Anjo – 91 min, Digital SP, 1937, Livre.

21h – Pavor nos bastidores – 110 min, Digital SP, 1950, 16 anos.

 

Dia 03/10 – Sexta-feira

16h30 – A marca da maldade – 115 min, Digital HD, 1958, 12 anos.

19h – Kismet – 100 min, Digital SP, 100 min, Livre.

21h – O anjo azul (versão inglês) – 99 min, Digital HD, 1930, 12 anos.

 

Dia 04/10 – Sábado

17h – Flor de paixão – 76 min, Digital SP, 1929, Mudo, Livre.

19h – Marrocos – 91 min, 35mm, 1930, 12 anos.

21h – Marlene – 94 min, Digital SP, 1984, 14 anos.

 

Dia 05/10 – Domingo

16h30 – Testemunha de acusação – 116 min, Digital HD, 1957, 12 anos.

19h – Mulher satânica – 76 min, 35mm, 1935, Livre.

20h30 – Desonrada – 91 min, 35mm, 1931, 12 anos.

 

Dia 06/10 – Segunda-feira

16h30 – O jardim de Alá – 79 min, Digital SP, 1936, Livre.

18h30 – A mundana – 116 min, Digital HD, 1948, Livre.

21h – Atire a primeira pedra – 94 min, Digital SP, 1939, Livre.

Dia 08/10 – Quarta-feira

16h – A pecadora – 87 min, Digital SP, 1940, Livre.

18h – Cigana feiticeira – 95 min, Digital SP, 1947, Livre.

20h – Julgamento em Nuremberg – 179 min, Digital SP, 1961, 16 anos.

 

Dia 09/10 – Quinta-feira

17h – Marrocos – 91 min, 35mm, 1930, 12 anos.

19h – Aquela mulher – 103 min, Digital SP, 1941, Livre.

21h – Mulher satânica – 76 min, 35mm, 1935, Livre.

 

Dia 10/10 – Sexta-feira

17h – Cigana feiticeira – 95 min, Digital SP, 1947, Livre.

19h – A indomável – 87 min, Digital SP, 1942, Livre.

21h – O diabo feito mulher – 89 min, Digital SP, 1952, Livre.

 

Dia 11/10 – Sábado

17h – A Vênus loira – 93 min, 35mm, 1932, Livre.

19h – O anjo azul (versão alemã) – 99 min, 35mm, 1930, 12 anos.

21h – Testemunha de acusação – 116 min, Digital HD, 1957, 12 anos.

 

Dia 12/10 – Domingo

15h30 – Pavor nos bastidores – 110 min, Digital SP, 1950, 16 anos.

18h – Marlene, sua própria canção – 112 min, Digital SP, 2004, 12 anos.

20h30 – Martin Roumagnac – 115 min, Digital SP, 1946, 12 anos.

 

Dia 13/10 – Segunda-feira

17h – Mulher satânica – 76 min, 35mm, 1935, Livre.

19h – Atire a primeira pedra – 94 min, Digital SP, 1939, Livre.

21h – Anjo – 91 min, Digital SP, 1937, Livre.

 

Dia 15/10 – Quarta-feira

17h – A indomável – 87 min, Digital SP, 1942, Livre.

19h – Marlene – 94 min, Digital SP, 1984, 14 anos.

21h – O expresso de Shangai   – 80 min, 35 mm, 1932, 12 anos.

 

Dia 16/10 – Quinta-feira

17h – Kismet – 100 min, Digital SP, 100 min, Livre.

19h – A pecadora – 87 min, Digital SP, 1940, Livre.

21h – A Vênus loira – 93 min, 35mm, 1932, Livre.

 

Dia 17/10 – Sexta-feira

17h – O diabo feito mulher – 89 min, Digital SP, 1952, Livre.

19h – O jardim de Alá – 79 min, Digital SP, 1936, Livre.

21h – A imperatriz vermelha – 104 min, 35mm, 1932, 12 anos.

 

Dia 18/10 – Sábado

15h30 – Julgamento em Nuremberg – 179 min, Digital SP, 1961, 16 anos.

19h – O expresso de Shangai   – 80 min, 35 mm, 1932, 12 anos.

21h – A marca da maldade – 115 min, Digital HD, 1958, 12 anos.

 

 

Dia 19/10 – Domingo

16h30 – Aquela mulher – 103 min, Digital SP, 1941, Livre.

18h30 – A imperatriz vermelha – 104 min, 35mm, 1932, 12 anos.

20h30 – A mundana – 116 min, Digital HD, 1948, Livre.

 

Dia 20/10 – Segunda-feira

17h – O expresso de Shangai   – 80 min, 35 mm, 1932, 12 anos.

19h – A Vênus loira – 93 min, 35mm, 1932, Livre.

21h – O anjo azul (versão alemã) – 99 min, 35mm, 1930, 12 anos.

 

 

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