Obras contemporâneas, publicações independentes, serigrafias, instalações, projetos fotográficos. Um belo apanhado do melhor da produção artístico visual de várias gerações da capital federal, agora nos Estados Unidos.
A Galeria Ponto vai levar a arte brasiliense para New York Art Book Fair (NYABF14), que acontece entre os dias 25 e 28 de setembro, no Museu de Arte Moderna. O conhecido MoMa é um dos mais importantes centros culturais de arte contemporânea do mundo, que reúne trabalhos internacionais renomados, escolhidos mediante rigorosa seleção.
A Galeria Ponto é a segunda do Brasil eleita para ir a Nova York, após passar por um concorrido edital. Será a primeira a representar o Centro-Oeste. A escolha já é certa. No entanto, para concretizar o sonho de ver a arte local projetada lá fora será necessário arrecadar um valor de R$ 27 mil para o transporte das obras.
Fundador da galeria, Bruno Bernardes está realizando um financiamento coletivo para conseguir chegar à meta. O projeto #EuQueroBSBnoMoMA vai receber, até o próximo sábado, quantias diversas no site Catarse.
“É uma oportunidade maravilhosa. Vamos levar grandes nomes da arte brasiliense como Raquel Nava, Célia Matsunaga, Iris Helena e ainda trabalhos de estudantes”, diz Bruno Bernardes.
Em alta
Para ir para o MoMa, Bernardes mapeou o melhor que estava sendo produzido em arte contemporânea na cidade. Destaque para o trabalho da doutora em Arte e Tecnologia pela Universidade de Brasília, Célia Matsunaga. A artista apresentará seus dois livros Diálogo com Daniel Mira e Tipografia Experimental e ainda quatro experimentos em caixinhas.
“Eu revelo o livro ao avesso, de dentro para fora. Trabalho com essa questão da tipografia, do erro. Já colecionei milhares de mensagens decodificadas não reconhecidas pelo computador. Faço disso uma poética”, explica a artista.
Saiba mais
Interessados em ajudar os artistas brasilienses nessa empreitada podem colaborar, até este sábado, no site catarse. me/euquerobrasilianomoma.
As recompensas para os contribuintes variam desde bolsas em cursos, ocupação de seis horas na galeria até obras dos próprios artistas.
Na obra da artista Célia Matsunaga – uma das selecionadas –, a tipografia e a relação com o espaço são discutidos. Uma poética que faz alusão ao livro-objeto, que mostra o que está dentro das páginas de uma maneira particular.