“Em que se emprega muitas cores” é o significado encontrado no dicionário para o termo “policromo”. A palavra, escolhida para intitular o novo álbum do 5 a Seco, representa o resultado final do trabalho promovido pelo quinteto paulistano: a junção de várias vertentes e muitos sabores.
Em continuidade ao projeto iniciado em 2009, Policromo reforça o estilo diferenciado de cada integrante. Com um compilado de 14 canções autorais, o show de lançamento já tem local e dia marcado. Eles tocam neste domingo, no Teatro Oi.
Com uma mistura de pop rock, jazz e samba de raiz, o 5 a Seco surgiu de forma despretensiosa. Com a resposta positiva do público e da crítica, Tó Brandileone, Pedro Altério, Vinicius Calderoni, Leo Bianchini e Pedro Viáfora permanecem na estrada até hoje. Banda? Grupo? Nenhum dos dois. Revezando no vocal e nos instrumentos, os cinco violinistas preferem ser chamados de coletivo de compositores, para deixar claro que é uma realização conjunta e sem protagonismo.
Individualidade
O segundo trabalho autoral do quinteto foi gravado no início deste ano por iniciativa do Natura Musical, programa de incentivo à música brasileira. Apesar de estarem juntos há quase cinco anos, trajetórias individuais se tornaram importantes para o desenvolvimento do 5 a Seco.
Para o cantor e compositor Tó Brandileone, no novo álbum é possível observar com mais clareza os elementos de cada integrante. “A personalidade de cada um se evidenciou”, destaca. Nas canções, permanece o estilo já adotado no CD e DVD Ao Vivo no Auditório Ibirapuera (2012): composições em dupla ou trio. O Policromo também traz parcerias com os músicos Celso Viáfora, Lula Queiroga e Ricardo Teté.
Repertório
Com letras poéticas, ritmos harmônicos e vocais afinados, o quinteto mostra a cara do novo álbum em três canções já liberadas aos internautas: “Épocas”, “O Sonho” e “Geografia Sentimental”. A última, composta por Leo Bianchini e Vinicius Calderoni, é definida pelo coletivo de compositores como “uma canção em plano sequência, um passeio pela cidade imaginária de nossos afetos”.
Diferente do primeiro trabalho, eles tiveram mais possibilidades no processamento das composições. “Houve uma preocupação com a sonoridade de cada canção. É um disco mais moderno. Eu diria até ousado”, afirma Brandileone.
A maturidade das canções do Policromo é evidenciada na faixa “Eu amo Djavan”. A música que faz referência ao artista alagoano apresenta palavras desconhecidas e um estilo incomum, finalizada com o questionamento: “Cantar é tão bom, entender pra quê?”. Tó Brandileone, que compôs a canção com Ricardo Teté, explica que a ideia surgiu a partir de uma tese acadêmica defendida pelo parceiro de composição, na qual ele abordava a liberdade de se cantar algo que utilize elementos fora da formalidade. Para exemplificar, o cantor cita a música Saharienne, de Chico César, que contém os mesmos aspectos. “São questões que não estão reveladas, mas há espaço para serem cantadas”, completa.
Estreia
Ansiosos, a expectativa dos garotos é fazer um show que marque a carreira musical do quinteto. “Estrear uma turnê gera uma tensão boa. Imagina estreia de turnê e álbum no mesmo dia? Estamos felizes de ser em Brasília”, revela Brandileone.
A confirmação da volta do 5 a Seco à cidade foi bem recebida pelo público brasiliense, tanto que tiveram que abrir uma nova sessão para o mesmo dia. O quinteto já tem outras datas marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O próximo passo? Continuar pela estrada levando música ao máximo de cidades possíveis.
SERVIÇO
5 a Seco – Domingo, às 18h e 20h. No Teatro Oi Brasília (Setor de Hotéis de Turismo Norte). Ingressos: R$ 10 (meia-entrada). Informações: 3424-7121. Classificação livre.
O Policromo só deve chegar às lojas em setembro. No entanto, interessados podem adquirir uma cópia autografada através do e-mail [email protected]
Escute as novas músicas do 5 a Seco em: https://soundcloud.com/5aseco
