O nome da banda Bixiga 70 faz referência ao tradicional bairro no centro de São Paulo, lugar onde a big band paulista surgiu. Com influências que vão do candomblé ao jazz, o grupo formado por dez músicos se apresenta amanhã, às 20h, e domingo, às 19h, no Teatro da Caixa (Setor Bancário Sul).
Esta é a primeira vez que a banda vem à cidade para apresentar o show de lançamento do segundo disco da carreira, que conta com a a adaptação da faixa Deixa a Girá Girá, do grupo Os Tincoãs.
“Também vamos tocar uma música nova e que provavelmente vai estar no nosso próximo disco”, antecipa o guitarrista e tecladista da big band paulistana, Maurício Fleury.
Sonoridade
Aclamado pelo público e crítica com o lançamento do primeiro disco, em 2011, o Bixiga 70 segue a mesma linha no mais recente álbum, com som instrumental que passeia por diversas referências, como os arranjos de Hermeto Pascoal e o afrobeat de Pedro Santos.
“Queríamos que a banda fosse nosso playground e nos divertir tocando. Fazemos algo espontâneo e a voz parece uma limitação”, explica Maurício.
Ainda sobre as influências, todos os integrantes são responsáveis por trazer uma referência para a banda. “Cada um carrega uma bagagem grande. Eu, por exemplo, gosto de rap, sampler, dessa linguagem mais atual. Fazemos um leitura urbana do candomblé, que é nossa principal influência”, afirma o guitarrista.
Antes de a banda tocar pela primeira vez na capital, Bixiga 70 esteve em turnê internacional, tocando em países como Suécia, Dinamarca, Alemanha, Holanda e França. Maurício, entretanto, diz que banda preferia uma circulação maior no País. “Temos um alcance limitado. Já tocamos duas vezes em Amsterdã e gostaríamos de mais divulgação do nosso projeto no Brasil”.
Para ele, a expectativa do show na cidade é imensa. “Estamos tentando tocar em Brasília desde o começo da banda”, revela.