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Economia

Concursos: 4 mil vagas para o Distrito Federal em 2016

Arquivo Geral

25/12/2015 7h00

 

Apesar das incertezas e cenário nebuloso do lançamento de editais e realização de concursos em 2016, há luz no futuro para os concurseiros profissionais. A estimativa é que seleções públicas previstas, autorizadas e esperadas somem mais de 4 mil vagas para candidatos do Distrito Federal, ainda que os governos local e federal tenham anunciado suspensões. Para quem espera garantir a estabilidade em meio à crise, o segredo é não parar de estudar.   

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) abriu, nesta semana, o esperado concurso para 950 vagas com salários de até R$ 7.946,09. Mas apenas  duas vagas para analista estão reservadas para o DF e outras dez para técnico  para cidades goianas da Região Metropolitana: Águas Lindas, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Planaltina de Goiás e Posse. 

As inscrições vão até 22 de fevereiro pelo site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), com provas em 15 de maio e taxas de inscrição que variam de R$ 65 a R$ 80. 

No mesmo portal, até o dia 28 de fevereiro, estão abertas as inscrições para 62 vagas a serem preenchidas na Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe) com remuneração inicial de até R$ 6.295. 

Termina na primeira segunda-feira de 2016 o prazo para inscrições do concurso da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com salários iniciais de até R$ 11.071,29. São 150 vagas. As provas estão previstas para o dia 20 de março e as inscrições podem ser feitas no site da Escola de Administração Fazendária (Esaf) com taxas de R$ 90 para nível médio e R$ 150 para superior. 

Oportunidades à vista

Juan Ferreira, coordenador pedagógico do Grancursos, acredita que ainda no primeiro semestre novas oportunidades surjam, como bancos e Corpo de Bombeiros, que só esperariam liberação. 

“Na Polícia Civil, há necessidade para perito e eles já acusaram seleção. Temos ministérios com grande demanda, como o do Trabalho e Emprego. São concursos que a gente espera que sejam realizados agora”, enumera. “Por mais que o governo tente criar medidas para postergar a divulgação de editais, eles terão que sair em algum momento. A gente tem que colocar os pés no chão e saber que pode demorar mais, mas vão ocorrer. As medidas do Governo Federal e dos estados e municípios já aconteceram em outras ocasiões e os concursos não foram 100% suspensos”, lembrou Juan Ferreira. 

Mudança de foco

Gabriela Negreiros tem 21 anos e, há pouco, colou grau em enfermagem. Ela tinha planos de prestar concursos, mas, “pelas dificuldades e incerteza se vai haver editais neste ano”, mudou de ideia e vai estudar para residência, que  é o único certame  previsto para 2016 na área de saúde. A prova, em janeiro, será em parceria com a Fundação Universidade de Brasília.

Déficit no funcionalismo

Toda vez que é necessário liberar um pacote de ajustes, a suspensão de concursos entrará na pauta. Isso não resolve o problema da economia do país. Há um déficit muito grande de funcionários no funcionalismo público e, em algum momento, vai precisar soltar editais para manter a máquina ativa”, analisa Juan Ferreira, coordenador pedagógico do Grancursos. 

Para ele, 2016 pode surpreender: “Não vou falar que vai ser melhor que 2015, mas acredito que manteremos a média. Mesmo com menos concursos, a demanda reprimida vai gerar muitas vagas. Quem quer passar não deve parar de estudar”. 

Formada em psicologia, Alessandra Borges, de 30 anos, se autodeclara “concurseira profissional”. “Tem o INSS, abriu o da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Em janeiro deve ter o da Defensoria Pública da União e o do Conselho Federal de Psicologia, e estão especulando a Câmara dos Deputados”, lista.

Ela entende que o ideal é continuar os estudos “até para o cérebro ter uma manutenção das matérias, senão acaba esquecendo. Se não tiver concurso, é usar o ano para manter os estudos e não perder o foco”, recomenda Alessandra. 

Entre editais

“Quem estuda para concurso tem que saber lidar com esses anúncios e hiatos de certames. Para quem está esperando a Câmara Legislativa, por exemplo, quanto mais tempo você tem para estudar melhor, já que é um concurso concorrido”, aconselha a advogada Carolina Rocha, 29 anos, que espera conquistar justamente a estabilidade: ”Por mais que o salário não seja tão bom é melhor você ser estável que ganhando muito no privado e podendo ser demitido a qualquer momento”. 

É isso o que pensa também Juan Ferreira, coordenador pedagógico. “Para quem, de fato, vê no concurso uma possibilidade de mudar de vida, com estabilidade, qualidade de vida, a notícia não é ruim. É tempo de se preparar para grandes concursos, como o da Câmara Legislativa. Tem também os concursos independentes, como as agências reguladoras, entidades de economia mista, bancos públicos”, avisa o coordenador.

No DF, autorização só para reposição

O Governo de Brasília diz não poder realizar novos concursos. Acima do limite máximo de 49% imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal, o governo fica impedido de realizar novas contratações. A exceção é se for para suprir vagas de aposentadorias, por exemplo, nas áreas de saúde, segurança e educação. 

“O governo conta com dois quadrimestres para baixar os gastos com pessoal e sair da LRF. Quando isso ocorrer, será o momento de avaliar. Mas terá de ser uma das ações do governo, num ambiente equilibrado. Grande parte dos servidores do quadro se aposenta nos próximos anos, e será preciso repor a força de trabalho”, ponderou, em nota, o GDF. 

Não há, no entanto, impedimento de novas autorizações ou realizações de concursos públicos durante o período acima do limite legal. Apesar disso, o  Executivo lembra  que “essas decisões devem atender a dois princípios norteadores do serviço público: conveniência e oportunidade”.

Revisão de editais 

De acordo com o Executivo, nenhum novo concurso foi autorizado em 2015 e os que receberam aval desde 2013 foram devolvidos aos órgãos de origem para avaliação da real necessidade de realização diante da crise financeira do GDF. Diferentemente dos concursos em andamento, eles não têm edital ou banca contratada. 

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