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Economia

BNDES vê crescimento de ‘linhas rápidas’ como possível sinal de retomada

Agência Estado

17/10/2017 17h20

Apesar do pouco avanço no desembolso do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no período de janeiro a setembro, as linhas com liberação mais rápida, como Finame e Giro, tiveram crescimentos expressivos, informou o superintendente de Desenvolvimento e Pesquisa do banco, Maurício Neves, dando sinais de retomada na economia.

De janeiro a setembro a linha BNDES Giro cresceu 289%, para R$ 5 bilhões, enquanto o BNDES Finame subiu 13% no período, para R$ 14,3 bilhões. Por outro lado, o desembolso do BNDES como um todo nos primeiros nove meses do ano caiu 20%, para R$ 49,9 bilhões, sinalizando para um fechamento de exercício mais próximo ao registrado em 2016 (R$ 88 bilhões) do que nos anos anteriores, acima dos R$ 100 bilhões.

Segundo Neves, a linha de Giro é acessada principalmente pelas médias, pequenas e micro empresas e seu crescimento, assim como da Finame (máquinas e equipamentos) seriam os primeiros sinais de retomada da economia. “É um momento importante para que o BNDES entre em uma ação anticíclica, com um crescimento expressivo nesse segmento”, ressaltou em entrevista por telefone.

Já a linha Finame, lembrou, é diretamente relacionada a investimentos, já que aumenta ou pelo menos moderniza o parque industrial. “Tem que olhar o todo, é um conjunto de sinais que mostram uma estabilidade e uma expectativa de que uma retomada se transforme numa demanda mais forte por recursos do banco”, explicou.

O executivo destacou ainda que a queda que vinha sendo registrada nas consultas ao banco ocorreu de forma mais amena em setembro.

“É possível reparar que (as consultas) têm uma estabilização na faixa de R$ 100 bilhões, a queda que vem ocorrendo ao longo do tempo parece que ela cessa nesse momento, e as consultas mostram isso. A gente espera que com a própria retomada da economia esse número não só se estabilize como aumente”, avaliou.

Sobre uma possível antecipação de recursos ao governo, que está sendo negociada com a diretoria do BNDES, Neves afirmou que mesmo que seja feita, não faltará dinheiro para os clientes do banco.

“Estamos estudando aquilo que está sendo colocado pelo governo, ao mesmo tempo mantendo nossa posição de atender nossos clientes”, afirmou.

Fonte: Estadao Conteudo

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