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Economia

Até agora houve muitas palavras sobre protecionismo, mas poucas ações, diz OCDE

Agência Estado

16/03/2018 13h35

Atualizada

O chefe da unidade da América Latina e do Caribe da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Melguizo, afirmou em evento nesta sexta-feira, 16, em São Paulo que o protecionismo é um risco para a região. “Desde 2010, tem havido mais medidas protecionistas nos países desenvolvidos”, comentou.

Segundo Melguizo, até agora “houve muitas palavras, mas poucas ações”. Algumas das medidas protecionistas, caso se concretizem, contudo, afetam a América Latina, alertou.

As declarações são dadas após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas à importação de aço e alumínio. O Brasil pode ser um dos principais afetados pela mudança. Agora, o governo americano negocia isenções em alguns países e produtos, mas não está claro como ficará a questão. Além disso, algumas nações já ameaçaram retaliar, o que gera em alguns o temor de uma guerra comercial global.

Neste contexto, Melguizo defendeu que os países da América Latina enfrentem uma “agenda de reformas estruturais que segue pendente”. Durante seminário organizado pela Câmara Espanhola de Comércio, ele avaliou, porém, que a região passa por um momento de recuperação econômica, com a ajuda também do quadro global, com maior crescimento nos Estados Unidos e na Europa.

Mas o dirigente da OCDE lembrou que os americanos e europeus caminham para endurecer suas condições financeiras, o que pode afetar as regiões que necessitam de fluxo de capital, como o Brasil.

Outra preocupação apontada pela OCDE foi com a questão da produtividade. Segundo Melguizo, é crucial que a região consiga avanços nesse ponto. Sobre as matérias-primas, ele disse que houve uma recuperação desde a fraqueza de anos recentes, mas ressaltou que os países latino-americanos não devem depender de que os preços se recuperem para os níveis mais fortes dos anos 2000.

Melguizo comentou ainda o momento de reestruturação da economia chinesa, com menor peso gradual da indústria e maior do setor de serviços. Segundo ele, porém, isso preocupa pouco. “Confiamos no processo que ocorre na China”, disse.

Fonte: Estadao Conteudo

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    Até agora houve muitas palavras sobre protecionismo, mas poucas ações, diz OCDE

    Agência Estado

    16/03/2018 12h05

    Atualizada

    O chefe da unidade da América Latina e do Caribe da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Melguizo, afirmou em evento nesta sexta-feira em São Paulo que o protecionismo é um risco para a região.

    “Desde 2010, tem havido mais medidas protecionistas nos países desenvolvidos”, comentou. Segundo Melguizo, até agora “houve muitas palavras, mas poucas ações”. Algumas das medidas protecionistas, caso se concretizem, contudo, afetam a América Latina, alertou.

    As declarações são dadas após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas à importação de aço e alumínio. O Brasil pode ser um dos principais afetados pela mudança. Agora, o governo americano negocia isenções em alguns países e produtos, mas não está claro como ficará a questão. Além disso, algumas nações já ameaçaram retaliar, o que gera em alguns o temor de uma guerra comercial global.

    Neste contexto, Melguizo defendeu que os países da América Latina enfrentem uma “agenda de reformas estruturais que segue pendente”. Durante seminário organizado pela Câmara Espanhola de Comércio, ele avaliou, porém, que a região passa por um momento de recuperação econômica, com a ajuda também do quadro global, com maior crescimento nos Estados Unidos e na Europa.

    Mas o dirigente da OCDE lembrou que os americanos e europeus caminham para endurecer suas condições financeiras, o que pode afetar as regiões que necessitam de fluxo de capital, como o Brasil.

    Outra preocupação apontada pela OCDE foi com a questão da produtividade. Segundo Melguizo, é crucial que a região consiga avanços nesse ponto. Sobre as matérias-primas, ele disse que houve uma recuperação desde a fraqueza de anos recentes, mas ressaltou que os países latino-americanos não devem depender de que os preços se recuperem para os níveis mais fortes dos anos 2000.

    Melguizo comentou ainda o momento de reestruturação da economia chinesa, com menor peso gradual da indústria e maior do setor de serviços. Segundo ele, porém, isso preocupa pouco. “Confiamos no processo que ocorre na China”, disse.

    Fonte: Estadao Conteudo

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