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Economia

Área jurídica atrai a atenção de startups

Jornal de Brasília

28/09/2018 10h33

As startups vem aumentando a participação no mercado brasileiro, criando uma nova geração de empreendedores. Seja no setor de educação, saúde ou alimentação, essas empresas vem trazendo solução para diferentes problemas por meio da tecnologia. O mercado jurídico não fica de fora. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, o Brasil possui mais de 1 milhão de profissionais formados em Direito, com mais de 100 milhões de processos no judiciário. Somado a isso, acrescenta-se também o avanço na modernização do sistema jurídico e de órgãos públicos, com a introdução, por exemplo, dos processos e peticionamento eletrônico. Tudo isso faz do Direito um campo promissor para a atuação das startups, sobretudo para os desenvolvedores de softwares.

Com a chegada dos processos eletrônicos, a área jurídica necessita de sistemas que reúnam o máximo de informações possível e tornem os procedimentos mais rápidos e menos burocráticos. Isso fez com que esse nicho passasse por uma revolução tecnológica, abrindo caminho para  uma gama de possibilidades desde o gerenciamento de processos até o desenvolvimento de Inteligência Artificial associada ao Direito.

Um dos principais objetivos dessas startups é oferecer produtos que permitem desburocratizar o trabalho em órgãos públicos e auxiliar na gestão dos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos e essa é uma das áreas mais promissoras entre as empresas de tecnologia.

Conheça um pouco mais deste mercado e entenda porque as lawtechs estão crescendo cada vez mais no país:

Quem são as lawtechs

Legaltechs ou lawtechs são empresas de tecnologia que possuem foco na área jurídica. Elas desenvolvem produtos que visam facilitar o trabalho de advogados, permitindo o acesso de cidadãos à justiça, auxiliando a atuação do judiciário

De acordo com a associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), atualmente, existem 100 startups jurídicas no Brasil, cujos produtos são softwares específicos para órgãos públicos e voltados para  atender às necessidades de escritórios de advocacia, departamentos jurídicos e advogados autônomos.

As lawtechs estão divididas em oito categorias:

Analytics e Jurimetria;

Automação e Gestão de documentos;

Conteúdo jurídico, educação e consultoria;

Extração e monitoração de dados públicos;

Gestão de escritórios e departamentos públicos;

IA – Setor público;

Redes de profissionais;

Resolução de conflitos online

 

A entrada das startups na área jurídica é relativamente nova: a maioria das empresas possuem em média cinco anos de atuação. Mesmo sendo recente o interesse das organizações tecnológicas pelo Direito, é possível identificar companhias que perceberam há mais tempo a necessidade de desenvolver softwares para escritórios de advocacia. Um exemplo disso é a Aurum, que desde 1993 desenvolve produtos tecnológicos específicos para a área jurídica.

A legaltech desenvolve soluções para advogados, escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. Inicialmente, a empresa atuava na produção de softwares sob demanda, mas, após perceber a demanda do mercado jurídico por soluções tecnológicas, direcionou o trabalho para este segmento.

Quando a empresa iniciou suas atividades, o acesso à internet não era uma realidade no Brasil e os primeiros produtos eram entregues em disquetes.  De lá para cá, a tecnologia se tornou um dos principais pilares da Aurum, que inclusive se transferiu para Florianópolis, pólo tecnológico e sede de um importante ecossistema de startups. Hoje, trabalha com tecnologia de ponta para oferecer soluções para escritórios de advocacia e advogados autônomos.      

Como trata-se de um cenário fértil, a empresa segue buscando inovações e trabalha firme para aumentar a participação no mercado. De acordo com a gerente de marketing da Aurum, Marcela Quint, a meta é quadruplicar a receita até 2021. “A missão da Aurum é ser a maior e mais inovadora legaltech da América Latina”, conclui.  

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