Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

UFC Vigilante x Negreiros III

Arquivo Geral

14/02/2019 7h00

Atualizada 13/02/2019 20h51

Na arena improvisada na Câmara Legislativa – o plenário oficial está em obras –, os deputados Chico Vigilante (PT) e Robério Negreiros (PSD) reviveram um embate que já vai para a terceira legislatura. Em pontas diferentes da cadeia laboral – Vigilante como representante dos trabalhadores e Negreiros como símbolo dos patrões –, eles trocaram xingamentos, impropérios e tudo o que não se espera de uma sessão ordinária civilizada. Uma vez mais, terminou em empate.

Chegou chegando

Tudo começou quando Vigilante assumiu o microfone para denunciar que empresas de vigilância não estavam pagando tíquete alimentação dos trabalhadores. Como homem-forte do sindicato dos vigilantes – o nome parlamentar não deixa mentir – Chico reclamou da situação e disse ter obtido uma solução junto ao secretário de Fazenda, André Clemente. Cerca de 20 minutos depois, Robério, que nem na sessão estava até então, ocupou sua cadeira na Mesa Diretora e começou sua fala questionando se o distrital petista “vivia no mundo da fantasia”. Foi daí para pior.

Não é bem assim

A birra inicial parecia ter a ver com a citação nominal da Brasfort durante a fala de Vigilante. A empresa do ramo de segurança pretence à família de Robério Negreiros. O parlamentar defendeu que o benefício não estava sendo pago por falta de previsão em acordo coletivo. “Hoje, o vale alimentação não tem uma lei, como o vale transporte, e se não há convenção coletiva de trabalho, os órgãos gestores como a Seplag, que cuidam de 90% das terceirizações do DF, podem até responder improbidade se pagarem”, sustentou. Obviamente que essa foi a parte menos emocionante.

Contra-ataque

Depois disso, Robério acusou Chico de receber aposentadoria da Câmara dos Deputados em complemento ao salário de distrital, disse que uma manobra do deputado para incluir o pagamento dos tíquetes, antes de haver convenção coletiva, atrapalhou o processo e que o petista devia ter satisfação em ver empresários quebrarem. “Ele tem insônia e fica o dia inteiro no WhatsApp mentindo”, disparou. Ah, ele ainda chamou o oponente de “mentiroso contumaz” e repudiou o “jogo sórdido”.

Contra contra-ataque

Obviamente que a possibilidade de Vigilante ficar quieto depois disso era menor do que zero. Ele nem precisava ter tomado o microfone de tão alto que respondeu. “Você, que prometeu emprego durante a campanha, está achando que vai atrapalhar a vida dos vigilantes? Você quer tirar os vigilantes para colocar cabo eleitoral seu”, bradou. Ele ainda chamou o comportamento do colega parlamentar de inadequado. A coisa só não piorou porque os outros deputados suplicaram pelo prosseguimento normal da sessão. Pedido atendido, até a próxima luta.

Gentileza gera gentileza
Apareceu no plenário do Senado o vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto. Cumprimentou vários senadores e se deteve para uma conversa mais longa com o brasiliense José Antônio Reguffe. Ao sair, Reguffe comentou com os colegas que se impressionara muito com a conversa. Achou Paco Britto muito educado, cordato e, especialmente, muito gentil.

Na presidência
O senador brasiliense Izalci Lucas foi eleito ontem presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo. Por aclamação. É uma das duas comissões que cabem ao PSDB.

Momento ímpar

A composição atual do Senado permitiu uma cena que, há alguns anos, viraria esquete de programa humorístico. O radialista Jorge Kajuru, atualmente senador Kajuru, presidiu uma sessão da Casa ontem. Em 2016, o então apresentador sumiu por alguns dias e acharam que ele tivesse morrido. Antes disso, já havia brigado ao vivo com um pugilista, declarado, também ao vivo, que havia feito implante peniano, dentre otras cositas más. Ah, e ele tatuou os rostos de Cláudia Leitte e Adriane Galisteu em cada um dos braços. Era só isso mesmo.

Problema Russo, mano
O deputado federal Celso Russomano (PRB-SP) conseguiu uma pequena vitória, mas não venceu a guerra. Em um processo julgado no 1ª Juizado Especial Criminal de Brasília, ele se livrou de uma queixa-crime por supostamente ter surrupiado um gerador que pertencia a ele mesmo, mas não deveria ter sido levado, do saudoso, porém falido, Bar do Alemão, às margens do Lago Paranoá. O deputado era sócio do estabelecimento, que sofreu uma ação de despejo por falta de pagamento de aluguéis e acumulou uma dívida milionária.

Fogo amigo

O autor da ação também participava dos negócios do bar de Russomano. Trata-se de João Carlos Cendron. A má notícia para Celso é que o tribunal só não encrencou o antigo parlamentar em alguma coisa pois a magistrada do caso entendeu que apenas o Ministério Público tem competência para fazer esse tipo de denúncia. Conforme o TJDFT, a peça foi acatada como comunicação de crime, porém, e foi pedido apuração dos fatos. Xiiii

A resposta

O deputado foi procurado para comentar o caso mas, até o fechamento desta edição, não havia retornado, por meio de sua assessoria.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado