Em 2014, 29 candidatos a cargos proporcionais tiveram mais votos do que colegas eleitos. Para federal, cinco nomes conseguiram votação expressiva mas não superaram o complexo cálculo eleitoral para conseguirem cadeiras. Para distrital, 24 ficaram nessa condição. Se entre os distritais, apenas quatro tentarão se eleger para outros cargos – cinco não são candidatos a nada –, entre os federais somente Abadia (PSB) disputará novamente uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Primeiros dos últimos
Os cinco candidatos a deputado federal que não se elegeram, mas tiveram votação mais expressiva do que companheiros eleitos foram: Alírio Neto (Podemos, hoje no PTB), com 78,9 mil votos; Vitor Paulo (PRB), com 71,3 mil; Eliana Pedrosa (PPS, hoje no PROS), com 55,3 mil votos; Policarpo (PT), com 48 mil votos; e Abadia (PSDB, hoje no PSB), com 37.776 Votos.
Moldando cenário
Alírio e Eliana (foto) não venceram, mas hoje formam dobradinha na chapa encabeçada por Pedrosa que disputa o Buriti e, segundo as pesquisas de opinião mais recentes, lideram a corrida. Vitor Paulo acabou assumindo como suplente de Ronaldo Fonseca (Podemos), mas não tentará qualquer cargo eletivo este ano, enquanto Policarpo virou candidato a deputado distrital.
Pretensão?
Dentre os distritais que tiveram boa votação, mas não chegaram ao mandato, Leila do Vôlei (PSB) foi a mais pretensiosa. Ela concorre a uma vaga no Senado e, surpreendentemente, está empatada tecnicamente com Cristovam Buarque (PPS) e Izalci (PSDB) na disputa. Dr. Charles (PHS), Giorgios (PTC) e Paulo Roriz (PSDB) vão tentar a sorte como federais.
Convencido
Claudeci Luart (Podemos), dono de uma conhecida rede de sapatos em Brasília, descalçou as sandálias da humildade e, a um grupo de seguidores, afirmou não estar tão satisfeito com a candidatura a distrital este ano. Ele disse que queria mesmo era tentar o Senado e até o Buriti, apesar dos singelos 9 mil votos na eleição passada. “Se eu fosse candidato ao governo, estaria liderando todas as pesquisas”, disse o empresário. Se ele está dizendo a gente acredita.
Eleições, parte 1
O Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) revelou que 7.719 urnas computarão os votos dos brasilienses e votantes em trânsito a partir de 7 de outubro. Segundo uma apresentação do TRE-DF na tarde de ontem, 33 mil pessoas serão envolvidas no processo.
Eleições, parte 2
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também autorizou o envio de forças federais para 232 zonas eleitorais em 361 localidades de cinco estados do País. Conforme o TSE, o objetivo é “assegurar o livre exercício do voto, garantir a apuração dos resultados e dar apoio logístico à Justiça Eleitoral”. O DF não será contemplado pelo envio de tropas das Forças Armadas – pelo menos nada foi anunciado por enquanto.
ICMS não incide sobre internet
A juíza substituta da 1ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal julgou, ontem, que não pode haver incidência do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre serviços de conexão de internet. A decisão aconteceu depois de uma representação da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) sobre o tema. Conforme o TJDFT, a magistrada entendeu que as cobranças recentes de ICMS no DF para esse tipo de serviço são indevidas porque não se tratam de serviço de comunicação.
Falta de interesse
O Governo de Brasília se defendeu ao alegar que o próprio autor da ação não demonstrou interesse em continuar com os pedidos de “anulação de autuações ou créditos decorrentes de interpretação errônea”. A juíza reconheceu o mérito, mas julgou procedente o pleito de que não haja mais cobrança de ICMS sobre os serviços de conexão, apenas sobre os serviços de comunicação multimídia. Cabe recurso da decisão.
Reguffe pensando à frente
O senador José Antônio Reguffe (sem partido) tem emprestado apoio subterrâneo a vários candidatos desde o período de pré-campanha. Uma centena de nomes já apareceram ao lado dele ou já estiveram em contato com Reguffe nas últimas semanas, a exemplo de Rodrigo Freire (NOVO) e Paula Belmonte (PPS). O senador tem dado suporte desde que o postulante se prontifique a cumprir, se eleito, o chamado protocolo Reguffe, de redução de tributos e de gastos de gabinete. A bola da vez é o candidato a deputado federal Mauro Rogério (PTB), que já divulgou uma foto sorridente ao lado do senador. Reguffe pensa à frente, porque como está com mandato garantido por mais quatro anos, as eleições de 2022 já começaram para ele…
Zero Grau
Dos locais inusitados de campanha, vários candidatos têm privilegiado feiras ou lugares insólitos porém com grande potencial de reunião de eleitores. Hoje, às 21h, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tenta amenizar o clima eleitoral com atividade marcada para o bar Serpentina Zero Grau, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). O local costuma transmitir jogos de futebol e servir um almoço honesto. Realmente oferece de tudo.
