Menu
Brasília

Servidor: GDF chama aprovados, mas não faz concursos

Arquivo Geral

04/10/2017 7h00

Foto: Agência Brasília

Eric Zambon
[email protected]

O quadro de servidores do Governo de Brasília, com todas as suas carências, deve seguir como está até o fim do mandato do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). De acordo com a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), não existe cronograma para novos concursos e o assunto está em “fase de estudos” pelo Comitê de Políticas de Pessoal da Governança.
Assim, o déficit em áreas críticas, como Saúde, deve seguir até o problema sobrar para o próprio Rollemberg novamente ou cair no colo de outro, em 2018. Estimativas do Conselho de Saúde, do Sindicato dos Médicos e do Sindicato dos Técnicos em Enfermagem divergem, mas apontam uma defasagem de três mil a 15 mil funcionários.

A Secretaria de Saúde tem nomeado profissionais – em outubro deve chamar 40 -, mas apenas como reposição. A pasta informou “que trabalha nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)” e, portanto, “só tem nomeado em razão de exoneração, vacância e aposentadoria.”

Na Segurança Pública, a situação é a mesma e motivou até um pedido de informação do Tribunal de Contas (TCDF) ao Governo de Brasília, publicado no Diário Oficial. Segundo Rafael Sampaio, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepo), foi um questionamento da entidade que motivou a publicação.

“Hoje em dia faltam quatro mil pessoas para trabalhar na PCDF. Deveriam abrir novos concursos de agente, principalmente, até para ter quem chamar quando quiserem realizar novas convocações”, dispara. De acordo com ele, apenas para o cargo de delegado, existem mais de 110 pessoas habilitadas a assumir, mas somente 19 devem assumir até o fim do ano.

No caso do Metrô, 301 vagas estão aptas a serem preenchidas, mas o Governo usa a LRF como justificativa para embarreirar. Dez pessoas conseguiram a convocação via judicial em 2017, mas, de acordo com o representante da Comissão de aprovados do último concurso, isso não basta. “O governo recebe auxílio da União, então não entendemos motivo de tanta resistência”, critica. Ele lembra que o governo não tem cumprido o acordo de fazer chamamentos paulatinos.

Saiba mais

  • Apesar da escassez de oportunidades novas por meio de concursos do DF, o mercado de cursinhos para concurso tem sido movimentado por oportunidades no âmbito federal.
  • Ontem, por exemplo, foi o último dia de inscrições para um concurso do TRF.
  • Um dos concursos que agitou o cenário local este ano foi o da Câmara Legislativa, mas ele foi suspenso devido a suspeitas de irregularidades na realização do certame, apontadas pelo TCDF. Apesar disso, os prazos legais ainda correm.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado