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Sivuquinha comemora 55 anos de carreira com show gratuito

Arquivo Geral

19/10/2018 18h00

No show o instrumentista homenageia Sivuquinha, Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Sivuca. Foto Diego Bresani/Divulgação

Beatriz Castilho
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Gonçalo de Aquino Cardoso celebra muito mais que suas cinco décadas e meia de carreira dedicadas à sanfona. Para o nordestino de olhos estreitos e sorriso largo, o marco é uma confirmação do amor pela música. Fazendo o que mais gosta, Sivuquinha de Brasília ecoa sua paixão, em show gratuito, neste sábado (20), a partir das 20h, na Casa do Cantador.

O aniversário tem como destaque a sanfona, como apontado no título. O instrumento, apesar de não ser o único a morar no coração do músico, é o que toma maior espaço. “Ela representa minha carreira musical. Comecei com a sanfona em 1968, quando ainda tocava com meu irmão. Amo de paixão, até porque com ela consigo tocar de baião a Mozart, em especial música francesa e italiana, tangos e boleros”, declara Sivuquinha, em entrevista ao Jornal de Brasília.

Apesar da variedade, na apresentação deste sábado o enfoque do músico fica nas raízes culturais nordestinas. “A ideia é tocar forró, xote, baião, além de fazer demonstração do que a sanfona é capaz, mostrando a forma eclética que ela carrega”, explica o artista.

Assim, no palco, o artista é acompanhado por Daniel Pitanga (violão e na zabumba) e Naira Carneiro (triângulo).

Nascido em Piauí, na região de Regeneração, Sivuquinha é brasiliense de coração. Chegou à capital em 1975, onde mora desde então. Foi aqui, em solo candango, que o músico recebeu o apelido carinhoso que carrega até hoje. “Quando comecei a me apresentar na vida noturna, me chamavam de Sivuca, porque sou albino e lembrava o cantor da época. Até que tem uma semelhança, nós, albinos, somos todos parecidos, né?”, brinca.

O multi-instrumentista tomou os cantos e as noites da cidade, tocando em toda e qualquer oportunidade. “Defini um estilo de música romântica, para ser ouvida em restaurantes”. Os estabelecimentos tornaram o nome de Gonçalo popular entre os brasilienses.

Vivendo de música durante todos esses anos, o artista considera sua rica trajetória um privilégio. Em especial, por ter conseguido sustentar a família por meio de sua paixão, que é forte o bastante para ser passada – e transformada – em tradição. “Tenho 10 netos. Tem vocalista, guitarrista e até um que se interessou pela sanfona”, finaliza.

Serviço 

Sivuquinha no Sabadão do Forró
Sábado (20), a partir das 20h. Na Casa do Cantador (QNN 32, área especial, Ceilândia Sul). Entrada franca. Informações: 3378-5067. Classificação livre.

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