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Os Melhores do Mundo volta ao Museu Nacional neste fim de semana

Arquivo Geral

23/02/2018 7h00

Atualizada 22/02/2018 22h33

Divulgação

Beatriz Castilho
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Sirenes e gritaria; é uma perseguição policial. O ladrão faz suas exigências. Do outro lado, dois guardas são corrigidos gramaticalmente pelo bandido, e assim o combate é substituído por uma discussão regada a humor. A plateia se torna refém e a quarta parede se quebra quando as vítimas são “eliminadas” por cada erro de português dos policiais. Essa é a abertura do espetáculo Notícias Populares, em cartaz neste fim de semana, no Museu Nacional da República, em comemoração aos mais de 20 anos do espetáculo.

A produção é de autoria da Cia de Comédia Os Melhores do Mundo, reverenciado pela mistura de humor inteligente, improviso e crítica social. Este ano, o grupo brasiliense completa 23 anos de estrada. O Jornal de Brasília conversou com o integrante Victor Leal para relembrar grandes momentos da história da turma.

Em 21 abril de 1995, em Brasília, após o fim do grupo de teatro A Culpa é da Mãe, Adriana Nunes, Ricardo Pipo e Welder Rodrigues decidem buscar novos integrantes. É quando Adriano Siri, Jovane Nunes e Victor Leal se juntam ao time para criar um dos maiores grupos de teatro cômico do Brasil.

Victor conta que desde o início a ideia era trabalhar com humor. “Acreditamos que a comédia desarma as pessoas e, assim, elas recebem melhor a informação. Apesar do nosso humor escrachado, nossa preocupação social é alta”, destaca o ator.

Antes da internet

Inspirada no Antigo Testamento, Hermanoteu na Terra de Godah foi a primeira produção. Encenado no Sesc Garagem, o espetáculo se tornou um dos mais vistos da trupe. Foi a partir do verão de 1996, já com público consolidado na capital, que a equipe passou a se apresentar em outros estados. “Não existia internet, nosso meio de divulgação eram as viagens. Ainda não tínhamos muita estrutura, então seguimos batalhando”, recorda Victor.

Em 1999, Os Melhores conseguiu apoio de um patrocinador. Um ano depois, os atores se mudaram para o Rio de Janeiro e começaram a explorar áreas além dos palcos. Programas de comédia na tevê, produção de roteiro em séries de humor e até participação no cinema. “Nossa companhia é de teatro. A TV é uma forma de expandir e divulgar mais nosso trabalho”, explica o comediante. Victor, por exemplo, já assinou roteiros dos programas Sai de baixo e Chapa Quente, e do Porta dos Fundos.

Momento divisor de águas

O grupo brasiliense tem no currículo 30 espetáculos, além de 4 gravações em DVD e o Prêmio Smiles do Humor Brasileiro, de 2015. O momento divisor de águas aconteceu em 2006, após uma entrevista no extinto Programa do Jô, quando Welder Rodrigues apresentou uma esquete (cena humorística rápida) do cultuado personagem Joseph Kimbler. O episódio viralizou na internet e ganhou a graça do público. A partir daí a trupe começou a se apresentar em grandes teatros do País, chegando a fazer turnê internacional.

Com o reconhecimento, mais coisas boas apareceram. Como por exemplo a relação com o saudoso Chico Anysio. A companhia trabalhou com o cearense em dois momentos: no curta-metragem À Espera da Morte, de 2009, e quando o humorista fez a gravação da voz de Deus para o DVD Hermanoteu, no mesmo ano.

Victor lembra que Os Melhores chegou a passar por um momento morno: “Ficamos acomodados com o sucesso e tivemos uma queda. Há uns três anos, voltamos a lançar coisas e retomamos a força que tínhamos”. Atualmente, o grupo se prepara para uma turnê internacional, marcada para junho. A expectativa para este ano é conseguir iniciar as gravações de um longa e levar a equipe para Angola, pela primeira vez.

Serviço:

Notícias Populares

Amanhã, às 19h e 21h; domingo, às 20h. No Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Ingressos: R$ 40 (meia-entrada). Informações: 3326-0251. Não recomendado para menores de 14 anos.

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