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Olhar português no Brasil é o grande vencedor do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Arquivo Geral

28/09/2016 0h15

Kléber Lima

Larissa Galli
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Depois de intensos oito dias, nove longas e 12 curtas e médias-metragens exibidos na mostra competitiva, foram anunciados nesta terça-feira (28) os vencedores do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que distribuiu o valor total de R$ 340 mil em prêmios. A coprodução Minas Gerais/Portugal A Cidade Onde Envelheço, de Marília Rocha, venceu o prêmio de melhor longa-metragem. A premiada documentarista também abocanhou o trófeu de melhor diretora e o filme rendeu dobradinha portuguesa para as atrizes Elizabete Francisca e Francisca Manuel.

Coprodução A Cidade Onde Envelheço abocanhou quatro Candangos, dentre eles, melhor filme e melhor diretora. Produtor português João Matos recebeu os prêmios. Foto: Kléber Lima

Coprodução A Cidade Onde Envelheço abocanhou quatro Candangos, dentre eles, melhor filme e melhor diretora. Produtor português João Matos recebeu os prêmios. Foto: Kléber Lima

Martírio, de Vincent Carelli, ganhou o Candango de melhor filme do júri popular e a equipe foi aplaudida de pé ao subir ao palco. O filme também levou o prêmio especial do júri, por unanimidade. Ao subir ao palco, Carelli reforçou a necessidade de colocar o tema em pauta. “Precisamos parar com o genocídio dos guarani-kaiowá”, pediu.

Marcado por manifestações contra o governo, os cineastas e produtores que subiram ao palco do Cine Brasília (106/107 sul) transformaram o festival em foco de resistência cultural. A plateia também atuou expressivamente nos protestos em relação ao cenário cultural brasileiro.

Com forte carga política e social, os longas e curtas selecionados para a mostra competitiva dessa edição evidenciaram questões como causa indígena, discriminação racial, preconceito contra a população LGBT e luta das mulheres, em um formato quase dominante de transição entre documentário e ficção.

O paulista Quando os Dias eram Eternos, de Marcus Vinicius Vasconcelos, saiu vitorioso com o Candango de melhor curta-metragem. “Esta é a primeira vez que uma animação ganha o prêmio de melhor curta”, frisou o diretor. O melhor curta pelo júri popular foi Procura-se Irenice (SP), de Marco Escrivão e Thiago B. Mendonça.

Mostra Brasília

O troféu Câmara Legislativa de melhor filme foi dado ao filme Catadores de História, de Tania Quaresma, que também ganhou trilha sonora e fotografia. Quem levou o Candango de melhor filme pelo júri popular foi Cora Coralina – Todas as Vidas, de Renato Barbieri, que levou melhor edição de som. A Repartição do Tempo, de Santiago Dellape, também garantiu três troféus.

Premiado no Festival de Gramado deste ano, Rosinha, de Gui Campos, abocanhou os prêmios de melhor curta e melhor atriz (Maria Alice Vergueiro). Vladimir Carvalho foi escolhido o melhor diretor por Cícero Dias – O Compadre de Picasso.

Antes da premiação, o festival candango prestou duas belas homenagens a dois símbolos do evento. A 49ª edição marcou duas décadas do filme Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, exibido na cerimônia. O crítico e ator Jean-Claude Bernardet recebeu a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, criada para esta edição da mostra.

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