Menu
Entretenimento

Hoje tem palhaçada na capital? Tem, sim, senhor!

Arquivo Geral

23/05/2018 7h58

Divulgação

Beatriz Castilho
[email protected]

Durante cinco dias, a risada é o motivo para sair de casa. A partir de hoje, e até domingo, mais de 30 atrações de palhaçaria animam o 16º Sesc Festclown (Festival Internacional de Palhaçaria). Tendo a diversidade como protagonista, seja ela de estilo, público ou nacionalidade, os espetáculos acontecem em diversos pontos do quadradinho, tudo com entrada franca. Há 16 anos, o Teatro Garagem (Sesc 913 Sul) recebia quatro grupos para a primeira edição do festival.

Já em 2005, com grande aceitação do público, o evento passou a acontecer, também, na Funarte. Este ano, as sessões se espalharam ainda mais pelo DF, e as mais de 30 mil pessoas esperadas ainda podem acompanhar atrações nas sedes do Sesc Gama e Sesc Ceilândia.

Apenas com atrações inéditas, o Sesc Ceilândia (QNN 27) recebe hoje, às 15h, a apresentação Magia. A abertura oficial do evento, no entanto, acontece mais tarde, às 20h, na Funarte (Eixo Monumental). Seguido do grupo suíço-uruguaio Cia Le Rois Vagabonds, que fecha o dia com a apresentação de Concerto para 2 Clowns. Além dos espetáculos, o festival conta com oficinas, a partir de amanhã, no Sesc Presidente Dutra (Setor Comercial Sul) e no Espaço JK (913 Sul).

Para Ivaldo Gardelha, produtor, curador e técnico do evento, um dos maiores diferenciais desta edição é justamente a abrangência do projeto. ”O tamanho está de arrebentar porque teve aceitação do público. Acredito que é uma valorização e difusão da arte do palhaço, a marca identitária do projeto”, destaca.

Entre os objetivos do Festclown, a palavra “encontro” cai como uma luva. Seja por meio de intercâmbio de nacionalidades, de profissionais ou uma reflexão individual. “Um palhaço diz muito da gente, ele é aquele arquétipo que só perde, é símbolo da perseverança. O palhaço faz a gente chorar e rir, e rindo do palhaço estou rindo de mim mesmo. O riso cria aproximação”, explica Gardelha.

Essa relação entre público e palhaço serviu de motivação para a artista cênica Lia Motta criar o espetáculo Bem Te Vida Marmota, apresentado na Funarte, às 16h30, no domingo, último dia de festival. “É uma apresentação construída junto com o público. A palhaça Marmota, que é uma viajante, se encontra com a plateia. E essa relação é que vai dizer se esse é o lugar que ela está procurando ou não”, define.

Lia se jogou de vez na palhaçaria justamente após um festival. A artista vê esse tipo de evento como uma oportunidade direta de contato com a arte, principalmente para artistas. “Não só o FestClown, mas todos os outros festivais de palhaço. Eles têm uma importância muito grande para ajudar a gente a se encontrar, desde reciclagem até formação em oficinas”, afirma.

Palhaça há uma década, ela conheceu a arte em um curso extracurricular, quando ainda cursava Cênicas. Hesitante, decidiu experimentar a expressão apenas quatro anos depois. ”Em 2008 fui a um festival de Salvador e, lá, vi muitos espetáculos de palhaços diferentes. Assim, percebi que tinha possibilidades mais amplas. Eram muitos palhaços, cada um com sua forma e recado”, recorda a artista.

Sobre o papel da mulher nessa arte, a palhaça diz que o espaço feminino cresceu um pouco, mas ressalta que ainda há problemas – principalmente pela falta de modelos históricos. “As referências são todas masculinas. O arquétipo do palhaço é masculino. Ainda encontramos pessoas resistentes à palhaçaria feminina”, lamenta.

Intercâmbio

Entre as seis opções internacionais da programação está o Inka Clown. Latino-americano, o palhaço ganha vida através do peruano Carlos Atawallpa. Apresentado pela Cia. Circo Rebote, a apresentação acontece amanhã, às 21h, na Funarte, e é definido pelo artista como “um espetáculo de muita interação com o público, resultado de muitos anos trabalhando na rua, circos e teatros”.

Para Atawallpa, a linguagem da palhaçaria é baseada em técnicas físicas. “(A arte) É pautada em quedas e tropeções que desencadeiam movimentos que provocam o riso, mas também mostra o ser humano em sua essência, seu lado ridículo e cômico”.

O Inka Clown mistura essa tradicionalidade com a comédia acrobática. “Com esse trabalho busco levar poesia e também provocar surpresa, pois as habilidades adquiridas ao longo dos anos são utilizadas a favor da encenação cômica”, finaliza.

 

Serviço:

Quando: De 23 a 27 de maio
Onde: Funarte (Eixo Monumento), Sesc Presidente Dutra (Setor Comercial Sul), Sesc Gama, Sesc Ceilândia e Sesc Taguatinga Norte
Entrada franca
Informações: 0800-617617
Programação completa: sescdf.com.br/festclown
A classificação indicativa varia de acordo com a atração

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado