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Entretenimento

Fotógrafo brasiliense visita diferentes países para buscar sua ancestralidade por meio de fotos

Arquivo Geral

08/04/2019 20h42

Hugo Santarém/Divulgação

Da Redação
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Depois de viajar pelo interior do Brasil e ter contato com diferentes culturas, o brasiliense Hugo Santarem decidiu iniciar uma jornada em busca de seu próprio interior. Após realizar um teste de DNA e descobrir suas principais origens ancestrais, o fotógrafo viajou para o Quênia e Etiópia para desvendar, através dos retratos, um pouco da vivência daqueles que fazem parte de suas raízes mais profundas. O resultado pode ser visto no projeto Interior.

A vontade de entender melhor a conexão global entre culturas e relações humanas tornou-se a principal força para impulsionar o projeto. “O que eu me preocupei em mostrar e conhecer foram tribos e comunidades que mantêm a cultura de forma mais original e preservada possível. Hoje, com a globalização, manter uma tradição é uma decisão, e quis mostrar os que mantêm essa decisão” destaca o fotógrafo.

Até agora, ele visitou e fotografou comunidades no Tocantins, no Sul e no Nordeste do Brasil, além de espaços no Quênia e na Etiópia. Os caminhos percorridos continuam e, em breve, Santarem visitará tribos indígenas brasileiras e ilhas em Portugal. A mistura cultural e étnica faz parte do fotógrafo, assim como a que forma o DNA de milhares de brasileiros.

Descobertas imagéticas

“A fotografia é a minha forma de compartilhar minhas descobertas, minha visão e cativar os outros a partir da maneira como eu enxergo minhas experiências. Ela tem esse poder de aproximar as pessoas, apresentar uma cultura ou pessoa da forma mais impactante possível, e de gerar ações a atitudes a partir daí”, lembra o artista.

Para o fotógrafo, a origem genética não determina somente os traços e fenótipos antepassados: as pessoas carregam também a lembrança da sociedade da qual o indivíduo fazia parte. A partir de seu próprio interior, o fotógrafo busca representar as histórias, vivências e tradições de diferentes homens e mulheres. Os retratos, escolhidos pela intensa representação humana, evidenciam olhares, adereços, roupas e cores locais.

“Acho que até hoje estou aprendendo. A ida foi só o começo, cada vez mais eu absorvo e aprendo com o que vivi e pesquiso ainda mais sobre as tribos e história de cada local”, destaca o fotógrafo. A experiência na estrada rendeu bons frutos e se transformou em um dos maiores projetos fotográficos do artista, que pretende continuar a pesquisa humana e ampliar constantemente sua relação com as imagens.

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