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Fotografias de Figueroa registram história cubana

Arquivo Geral

16/08/2018 7h00

Atualizada 15/08/2018 22h11

Divulgação

Beatriz Castilho
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Meio século de trabalho resumido em 69 fotografias. Em José A. Figueroa – Um Autorretrato Cubano, milhares de vidas cubanas são reveladas através de uma história pessoal. Por meio de imagens conceituais, íntimas e fotojornalísticas, o fotógrafo que dá nome a exposição desnuda a ilha após a revolução de 1959, e as subsequentes mudanças político-econômicas. A mostra caminha para sua reta final em Brasília, podendo ser visitada até este domingo (19), na Caixa Cultural.

Quatro grandes temáticas são divididas em seções: Uma história pessoal, Sonhos Caídos, Imagens Atemporais e Figueroa no Século 21. Seguindo a linearidade da vida e obra do cubano, a exposição tem curadoria da filha do artista, Cristina Figueroa.

Em entrevista ao JBr., ela diz que para falar do trabalho do pai é necessário entender o contexto no qual o fotógrafo estava inserido. “(Ele) Vivia sozinho em Cuba porque sua família decidiu sair, não estavam de acordo com o processo revolucionário. Então, aos 18/19 anos, encontrou na fotografia uma maneira de sobreviver”, explica.

Nascido em 1946, José Alberto mergulhou na fotografia após começar a trabalhar como aprendiz no estúdio de Alberto Korda, autor de uma das fotos mais reproduzidas da história: o retrato de Che Guevara. Essa imersão na fotografia contou com um olhar sensível do artista, refletido na primeira parte da exposição. “A ambição dele se diferencia da visão dos anos 1960 de Cuba. Era um jovem que tinha interesse em retratar sua experiência de vida e crescimento”.

Álbum de família

Dessa forma, fotos de amigos, casamentos e da família abrem a mostra, manifestando a cultura hippie, o início da Revolução Cubana e o êxodo de cubanos para os Estados Unidos. Inspirado pelos retratos que acumulava, Figueroa entra para a fotografia profissional. “Era 1970, depois de 10 anos da fase heróica da revolução. Agora falamos da fase real, de como sobreviver nessa transição. Foi aí que Figueroa começou a trabalhar como fotojornalista e conhecer o país que vivia”, pontua Cristina. Assim, seus trabalhos se voltam à sociedade cubana e sua adaptação na nova organização política.

O cubano mostra o outro lado da batalha. “A ideia não era fazer fotos da guerra sangrenta, mas de mostrar o momento de pensamento e introspecção, de abandono e solidão dos cubanos que lá estavam”.

Serviço

José A. Figueroa – Um Autorretrato Cubano
Até domingo, 19 de agosto, das 9h às 21h. Na Caixa Cultural Brasília (Setor Bancário Sul). Entrada franca. Informações: 3206-9448 e 3206-9449. Classificação livre.

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