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Exposições e mostras para todos os gostos na capital

Arquivo Geral

17/07/2018 7h00

Atualizada 16/07/2018 22h52

Foto: Afonso Oliveira

Beatriz Castilho
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Nas galerias de Brasília, paredes dão espaço para diferentes assuntos e formatos. Entre partidas e desembarques, diferentes exposições viajam fotografias, desenhos e xilogravuras, borbulhando a cena arte visual da capital.

Diferentes gerações

Depois de 40 dias ocupando a Casa de Cultura da América Latina, a mostra O tempo de nossas vidas encerra hoje a temporada, podendo ainda ser vista até às 20h.

Independentemente do meio utilizado e da técnica escolhida, a temática LGBT é a grande protagonista da exposição. Pontuando questões como saúde, expectativa de vida, solidão e mudanças físicas, as obras propõem, principalmente, um paralelo entre gerações da comunidade.

Além disso, é possível identificar um intercâmbio cultural entre as peças produzidas por 18 artistas latino-americanos diferentes. Rocio Garcia e Alexander Lombaina, Nelson Morales e Fredman Barahona representam a parcela estrangeira, respectivamente, de Cuba, México e Nicarágua. Entre os nomes nacionais, destacam-se os de Bia Medeiros, Célio Braga, Francisco Hurtz e Gê Orthof.

Arte minimalista

Próximo à Casa de Cultura da América Latina, outra exposição está se preparando para dizer tchau à cidade. Também hospedada no Setor Comercial Sul no Museu dos Correios, Um pincel, com visitação aberta até domingo, apresenta a caligrafia minimalista de Kazuaki Tanahashi Sensei.
A mostra reflete o grafismo de traço único já tradicional do japonês, feito a partir de formas e letras expressas de uma vez, permitindo a identificação de rastros e contrastes únicos de uma obra para outra. Aos 84 anos, Kazuaki não fica só nas artes visuais, acumulando anos como professor, ativista da paz e até o título de erudito zen-budista. Entrada franca.

Sobre Cuba

A Caixa Cultural conta com três despedidas nesta semana. Em José A. Figueroa – um autorretrato cubano , milhares de vidas cubanas são retratadas através de uma história pessoal. O fotógrafo responsável pela mostra elucida o contexto de seu país após a revolução de 1959, além das subsequentes mudanças políticas e econômicas, em 69 imagens conceituais, íntimas e fotojornalísticas.

Para interpretar o mergulho histórico de Cuba da segunda metade do século 20, Cristina Figueroa, curadora e filha do fotógrafo, afirma que é necessário entender o contexto no qual o artista estava inserido. “Ele vivia sozinho em Cuba, era um jovem que aos 18/19 anos que encontrou na fotografia uma maneira de sobreviver”, explica. Seguindo a linearidade da vida e obra do cubano, as fotos são dispostas em ordem cronológica e podem ser visitadas até quinta-feira, 19.

Arte das ruas

Explorando o alfabeto nas obras, STREETYPE – Tipografia das ruas de A a Ztraz a linguagem da cidade para as galerias. Contando com a grande diversidade de expressão linguística em tinta e spray, a mostra fica em cartaz até domingo, 22, sendo definida pelo curador, Tito Senna, como “um ABC do grafite”. Ele explica: “Cada artista tem um olhar particular para cada letra, então um ‘A’ pode ser legível ou virar algo maior que causa dificuldade para identificar”.

São 26 peças, dispostas em ordem alfabética, produzidas por 22 artistas do país – nenhum brasiliense. Um dos grandes atrativos da mostra, para Tito, é a possibilidade de analisar cada obra com detalhes. “O cotidiano cega a gente, e a STREETYPE dá tempo para degustar cada letra”, diz. “Acho que até cria um olhar mais delicado para a rua.”

Folclore nordestino

Também encerrando temporada no domingo, a Caixa Cultural apresenta a mostra comemorativa J. Borges 80 anos. Além de 20 xilogravuras já conhecidas do veterano nordestino, dez fotos inéditas compõem a exibição folclórica.

Celebrando as oito décadas de vida do pernambucano José Francisco, nascido 1935, a coleção coloca em evidência a cultura nordestina vista a partir dos olhos do pernambucano. Também será possível conferir a veia de escritor do veterano, com exposição de versos em cordel.

Mitologia

No mesmo dia que Um pincel sai de cena, Urômelos, coelhinhos e quimeras ocupa o Museu dos Correios (Setor Comercial Sul). Carregando o nome de um monstro mitológico de formato diferenciado no título, a mostra estreia domingo e se estende até 16 de setembro. As obras produzidas por Antônio Carlos Elias refletem divagações e questionamentos humanas por meio de vivências do artista.

Serviço

Casa de Cultura da América Latina
Setor Comercial Sul Q. 4 Sala 103 – Telefone: 3107-7963.

Museu dos Correios
Setor Comercial Sul Q. 4 Bloco A Edifício Apollo – Telefone: 2141.9176

Caixa Cultural
Setor Bancário Sul, lotes 3/4, Q 4 – Telefone: 3206.9448.

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