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Estrelado por Jason Momoa, Aquaman traz as origens do personagem da DC

Arquivo Geral

13/12/2018 7h00

Divulgação

Eric Zambon
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A missão de adaptar Aquaman para o cinema exigiu um esforço artístico a mais do diretor James Wan (Invocação do Mal) e de sua equipe. Antes de o herói ser introduzido no mediano Liga da Justiça, de 2017, ele era alvo de ridicularizações na internet por conta do personagem do antigo desenho Super Amigos, popular nas décadas de 1970 e 1980. Enquanto o Superman era o homem mais forte do mundo, o Batman cheio de acessórios e a Mulher-Maravilha tinha o Laço da Verdade, Aquaman conversava com peixes. Portanto, a ideia de substituir o playboy de cabelo platinado do passado e colocar no lugar um Arthur Curry neanderthal musculoso, encarnado por Jason Momoa (Conan), foi um primeiro passo importante para essa descontrução. Também foi um aceno para versão atual dos quadrinhos.

Apesar de ser uma combinação de A Pequena Sereia com Pantera Negra, o enredo envolve o espectador no fascinante mundo de Atlântida, a lendária cidade engolida pelas águas. A trama se passa logo após os acontecimentos do filme Liga da Justiça e introduz um herói ainda em negação de seu destino como governante do reino submerso.

No começo, seu pai realiza o desejo de qualquer faroleiro e encontra Nicole Kidmann (Os Outros) vestida de sereia na porta de casa. Na verdade, ela é a rainha subaquática Atlanna, que fugiu de um casamento forçado e, por obra do destino, se apaixona por um humano, gerando Arthur, um mestiço das duas civilizações. Só que enquanto o protagonista resgata submarinos atacados por piratas e bebe cerveja, seu meio-irmão, Orm, em atuação compenetrada de Patrick Wilson (Watchmen), assume o trono de Atlântida e planeja declarar guerra contra a superfície. Surgem, então, as importantes figuras de Mera, vivida por Amber Heard (Zumbilândia), e Vulko, encarnado por Willem Dafoe (Death Note), que, juntos, tentam convencer Aquaman a reivindicar seu trono e impedir o conflito.

Os flashbacks não evitam que a história seja episódica e siga sem muitas surpresas. Assim, o que acontece não é tão importante quanto como acontece. As cenas submersas são bem feitas e os combates aproveitam os ambientes, com destaque para a cena de perseguição na Itália.

Sob todos os aspectos, Aquaman é o melhor filme do Universo Estendido da DC Comics, inaugurado com O Homem de Aço, de 2013. Não existe a pretensão artística que o diretor Zack Snyder carregou em Batman vs. Superman, de 2016, e Liga da Justiça, de 2017, com simbolismos desnecessários. Na obra sobre o herói dos oceanos, tudo é tratado exatamente como é: um filme de ação que tenta ser engraçadinho de vez em quando e que tem ótimas sequências de ação e bons vilões.

Saiba Mais

O conceito original do personagem Aquaman foi criado em 1941 pelo escritor Mort Weisinger e pelo desenhista Paul Norris. Inicialmente, era um herói secundário de publicações de humor da DC Comics. Em seguida, das histórias do Superman. Na década de 1960, foi reapresentado como um dos fundadores da Liga da Justiça.

O ator havaiano Jason Momoa, popular por suas aparições como o selvagem Khal Drogo na cultuada série Game of Thrones, revelou ao site Metal Hammer que usou músicas de rock pesado para compor o personagem. Na entrevista, disse que ouviu várias canções de bandas como Black Sabbath, Metallica e Tool.

O próximo lançamento do Universo Estendido da DC é o filme solo do herói Shazam, previsto para estrear em abril de 2019. A produção traz o ator Zachary Levi, da série Chuck, como protagonista.

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