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Elemento em Movimento: mais de 40 shows gratuitos em Ceilândia

Arquivo Geral

19/10/2018 19h10

A banda carioca de reggae Ponto de Equilíbrio sobe no palco montado na Praça do Trabalhador neste domingo. Foto: Divulgação

Beatriz Castilho
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Na quebrada, música é grito de resistência. Em uma das cidades pioneiras do Distrito Federal, o grito vem em peso. Às margens do avião, Ceilândia traz a periferia para o núcleo da borbulha cultural. Assim, ao menos uma vez por ano, consegue protagonismo, dança e celebra as diversidade da arte urbana, com programação totalmente gratuita no Festival Elemento em Movimento. Pautando a satélite esta semana, o evento se prepara para a maratona de shows, até domingo, com mais de 40 atrações – locais e nacionais.

Neste sábado (20), a black music toma conta da Praça do Trabalhador (QNM 13). Começa às 13h, dando largada às apresentações. Além do rapper paulista Bivolt, os conterrâneos Baco Exu do Blues e ÀTTOOXXÁ trazem diferentes baianidades ao palco principal.

DJ Savana é a única representante feminina nas picapes do Elemento em Movimento. Foto: Divulgação

Antes, a única DJ mulher da programação esquenta o público, representando a força da mulher negra na música eletrônica brasiliense. Savana explora o viés orgânico do ritmo que abraça. Nascida por uma demanda das ruas, há cinco anos, a carreira da DJ encontrou seu estilo em bolachões da black music, tocando pela primeira vez em um evento de grafite. “É o rap que me amplia para outros estilos musicais, até pela sua forma de construção, utilizando muitas obras para compor os samples”, conta.

Savana se empolga ao falar do evento em que vai se apresentar, local que a samambaiense sempre esteve, mas como público. “O festival é inovador. Já tive oportunidade de participar de outros grandes bailes que usam a cultura negra, mas é no Elemento em Movimento que você vê, de fato, a diversidade”, destaca. “Ele é formado na pluralidade e trata com o mesmo respeito o artista local e o de fora, é isonomia por si só”, resume.

O domingo (21) também reúne nove nomes no palco que leva o nome do evento. Começando mais cedo, às 12h, tem os brasilienses da Cosmologia Preta e do Câmbio Negro, além de Tássia Reis (SP).

Os cariocas do Ponto de Equilíbrio fecham o evento. Para o baixista Pedro Caetano, é um marco importante para a banda, que nunca se apresentou na satélite. “Já tocamos várias vezes em Brasília, mas nunca em Ceilândia. É algo raro conseguir tocar em um espaço como esse, com o cunho cultural essencial do festival”, ressalta ‘Pedrada’, como é chamado.

Festa no Mané

A black music também resiste no centro da capital. Seguindo a mesma linha de Elemento em Movimento, o Festival Melanina leva a cultura negra para o Estádio Nacional Mané Garrincha.

Neste sábado, depois das 14h, cine-debates, palestras e até workshops de dança permeiam a parcela 0800 do evento. A parte musical – valor dos ingressos abaixo – tem início às 18h, quando o local recebe nomes como GOG, Ellen Oléria, Rebeca Realeza, Rael, Xênia França, Luedji Luna, Emicida e Karol Conka.

Serviço

Elemento em Movimento
Até domingo (21), na Praça do Trabalhador (ao lado da Administração Regional de Ceilândia). Entrada franca. Informações: facebook.com/elementoemmovimento. Classificação livre.

Festival Melanina
Sexta (19) e  sábado (20), no Estádio Nacional Mané Garrincha (Eixo Monumental). Ingressos: R$ 10 (passaporte para um dia) e R$ 16 (para os dois dias). Valores referentes à meia-entrada. Informações: facebook.com/FestaMelanina. Não recomendado para menores de 18 anos.

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