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Entretenimento

De graça: Festival Puroritmo celebra a cultura africana no CCBB

Arquivo Geral

26/09/2018 20h36

Grupo malês Songhoy Blues (Crédito: Divulgação)

O Festival Puroritmo chega à sua 13ª edição celebrando a África e sua cultura: sua música, sua gastronomia e suas tradições. A festa acontece de 28 a 30 de setembro, no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. Depois de um período de renovação para voltar à cena brasilense, o festival promove este ano uma imersão no universo da produção cultural e sustentabilidade de forma inovadora.

Durante três dias, apresentações culturais de grupos africanos e afro-brasileiros, DJs, culinária africana e kalunga, feira de artesanato e arte, oficinas educativas voltadas para questões de sustentabilidade, projeção mapeada com o tema Brasília imersa, água, cerrado e nossas origens em tenda geodésica desenvolvida dentro do conceito sustentável.

“Nossos ancestrais africanos são lembrados por meio de ritmos, costumes e temperos da Mãe África. A expectativa é que o público acesse conteúdos e viva um pouco da África em plena capital federal e que passe a valorizar mais a origem do ser brasileiro. Com isso, reconheça mais a si mesmo e sua própria cultura”, comenta o idealizador do festival, Rafael Poubel.

Sobem ao palco do Festival Puroritmo – África , os grupos Fanta Konatê (Guiné), Songhoy Blues (Mali), que se apresenta pela primeira vez no Brasil, Sussa Kalunga (GO), Horoyá (SP/Senegal), Rita Benneditto (MA), e os brasilienses Mandé Moba (DF), Afoxé Omo Ayô (DF) e Filhas de Oya (DF).

O line-up de DJs se reveza durante toda a programação com os locais DJ Chico Aquino (DF), DJ Sapo (DF) e DJs Aisha e Yamina (DF) e os paulistas DJ Nyack (SP), DJ Tudo (SP) e DJ Odara (SP). A curadoria é do DJ Chico Aquino e de Rubens Carvalho.

Durante a programação também será realizada a feira de artesanato africano, com coordenação da Diaspora009. A Diaspora009 é uma marca de moda que alia a estética e o discurso e faz curadorias de tecidos, alta-costura, histórias, referências culturais afro diaspóricas, decoração e memórias coletivas para a construção contínua de uma identidade negra positiva e libertária.

Haverá estandes com expositoras mulheres negras, em um intercâmbio de moda afro, acessórios, decoração, livros, música, artesanato, cosméticos, entre outras mercadorias que simbolizam e resgatam o conceito desta autoestima negra empoderada.

Também serão ministradas oficinas de hortas orgânicas e de boneca Abayomi, símbolo de resistência, tradição e poder feminino na cultura africana. As oficinas abertas acontecem no sábado, 29, são gratuitas, contam com intérprete em libras e as inscrições são feitas no próprio evento.

A tecnologia e o audiovisual estarão presentes nas projeções em mapping 360O, com conteúdo que busca a reflexão. “As projeções estão sendo criadas a partir das temáticas Cerrado, águas e ancestralidade africana numa narrativa que visa causar impacto e comunicar, quando a valorização de nossos ancestrais e a conexão do homem com a natureza estão intimamente correlacionados e são fundamentais para o resgate da consciência de acerca da importância do meio ambiente e da nossa cultura para a saúde do homem e do planeta ”, aponta Carina Bini, produtora e diretora audiovisual que está coordenando esta ediçãp do festival Puroritmo.

O Puroritmo nasceu com a proposta de entretenimento responsável. Os produtos alimentícios e outros comercializados consideram o respeito ao meio ambiente, às tradições culturais e valorização do manufaturado, do humanizado. As estruturas do evento são feitas prioritariamente de materiais renováveis como é o caso do bambu, para demonstrar as possibilidades arquitetônicas que temos na natureza de baixo impacto.

“No festival também buscamos reduzir a emissão de resíduos e reciclar aquilo que for produzido, gerando trabalho e renda para cooperativas de reciclagem. E, além das questões ligadas às estruturas físicas, promovemos também a sustentabilidade por meio de oficinas temáticas e materiais educativos no festival”, explica Poubel.

Programação

Sexta, 28 de setembro

16h às 21h – Feira de Artesanato

19h às 23h – Feira Gastronômica

19h às 23h – Exibição vídeo em mapping (sessões alternadas durante o período)

Oficinas
*(Para alunos das escolas públicas do DF agendadas)

15h – Musiclar: Instrumentos músicas com materiais reciclados

16h – Musiclar: Instrumentos musicais com matérias reciclados

Programação Musical

20h – DJ Chico Aquino

21h – Fanta Konatê (GUINÉ/BRA)

22h – DJ Nyack (SP)

23h – Songhoy Blues (MALI)

Sábado, 29 de setembro

16h às 21h – Feira de Artesanato

19h às 23h – Feira Gastronômica

19h às 23h – Exibição Vídeo em mapping *(sessões alterndas durante o período)

Oficinas

*(para público em geral, com limite para 40 participantes por ordem de chegada)

16h – Palhacitas Sustentáveis – Vamos reciclar.

16h – Nutrição Funcional

17h – Oficina Boneca Abayomi

17h – Horta linda: horta em pequenos espaços

Programação Musical

17h – Sussa Kalunga (GO)

18h – Afoxé Omo Ayô (DF)

19h – DJ Tudo (DF)

20h30 – Horoyá (SP/SENEGAL)

22h – DJ Odara (DF)

23h – Rita Benneditto (MA)

Domingo, 30 de setembro

16h às 21h – Feira de Artesanato

19h às 23h – Feira Gastronômica

19h às 23h – Exibição vídeo em mapping *(sessões alternadas durante o período)

Programação Musical

16h30 – Mandé Moba (DF)

17h30 – DJ Sapo (DF)

18h30 – Filhas de Oyá (DF)

19h – DJs Aisha e Yamina (DF)

20h – Lazzo Matumbi (BA)

Sobre as atrações:

SEXTA-FEIRA

Fanta Konatê (Guiné/Brasil)

A cantora, bailarina e compositora da Guiné Conacri, na África Oeste, Fanta Konatê é filha do Mestre Percussionista Famoudú Konatê. Sua família é uma das mais representativas da arte tradicional Malinkê, da região do Hamaná, onde surgiram o tambor Djembê e a música dos Griôs. É fundadora do Instituto África Viva em SP e teve sua formação nos Balés Hamaná, Faretá, Bolontá e Soleil d´Afrique, foi arte-educadora das ONGs “Medecins Sans Frontiers” e “Enfants Refugiées du Monde” com adolescentes morando na rua e refugiados de guerra na Guiné. Sua voz apresenta a musicalidade das tradições africanas que mistura o jazz do Oeste Africano às Culturas Populares do Brasil.

Songhoy Blues (Mali)

Forçados a deixar suas casas no norte do Mali, na África, durante a guerra civil e a imposição da Lei da Sharia, os integrantes do Songhoy Blues foram para Bamako, no sul do país, e formaram a banda. Aliou Toure? (vocal), Garba Touré (guitarra), Oumar Toure? (baixo) e Nathanael Dembele? (tambores) queriam recriar o ambiente perdido do norte e fazer com que os refugiados revivessem as canções da terra natal. O nome do grupo está relacionado à etnia dos integrantes (songhoy é o nome dado ao grupo étnico na África Ocidental que fala esse idioma) e ao tipo de música que eles tocam. O álbum de estreia do grupo, “Music in Exile”, foi lançado em 2015 e aclamado pela crítica. O jornal The Guardian descreveu o disco como “um conjunto impressionantemente variado e empolgante” e nomeou o Songhoy Blues “[a] banda para assistir”. Pela primeira vez no Brasil o grupo apresenta em Brasília no CCBB.

DJ Nyack (SP)

Conhecido como um dos profissionais dos toca discos mais jovem na idade, 29 anos, Dj Nyack já coleciona momento de projeção nacional e internacional. Desde 2007 acompanha o rapper Emicida, além de fazer parte de outros projetos de sucesso como a festa Discopédia e o podcast Frequência Modulada. O DJ ainda divide seu gosto musical através de mixtapes postadas em seu site mensalmente.

DJ Chicco Aquino (DF)

DJ Chicco Aquino, também produtor e curador do projeto, comemora 15 anos de carreira em 2018. O que muitos não sabem é que Chicco começou na música como baixista. Integrou as bandas autorais HaOnoBeko e Piramidi nos anos 90 e 2000. Foi o primeiro produtor da cantora e rapper FloraMatos. Entre outras festas, e idealizador dos Festiivais: Puroritmo e Arte Flow. Podemos citar como referências seus atuais e bombásticos projetos, como a Makossa Baile Black e a Mistura Fina, e o mais novo projeto Tônica, mas resolvemos lembrar do seu passado para conhecer um pouco mais desse artista que navega pelas ondas do Hip Hop, Soul, Disco, House e Afro Music.

SÁBADO

Sussa Kalunga (DF)

A Sussa – Dança tradicional Kalunga, nascida de tradições africanas, reflete toda a alegria desse povo. Com um ritmo marcado pelo som da viola, do pandeiro, da sanfona e da “onça” (caixa de madeira, espécie de tambor), é uma tradição que envolve toda a comunidade através da música e da dança. A Sussa faz referência à dança sagrada de pagamento de promessas, geralmente feita em pedido de prosperidade da lavoura.

As festas Kalunga, representadas pelos tambores da Sussa, apresentam ritos complexos, com simbolismos peculiares, como o reinado do Imperador, a coroa, a corte em procissão, o mastro, as bandeiras, as espadas, o terço com as ladainhas das rezadeiras, os foguetes e alguns motivos folclórico-emblemáticos. Em um sentido mais amplo ou uma releitura, as festas dos Kalunga correspondem à folia de santos católicos.

Horoyá (Guiné/SP)

Höröyá é um grupo de música instrumental, da cidade de São Paulo, Brasil, composto por nove integrantes, que tem como influências as culturas tradicionais de países do oeste africano como Guiné, Mali e Senegal e diversas vertentes afro-brasileiras, como o samba e toques de candomblé, o afrobeat da Nigéria e de Gana e a musicalidade afro norte-americana, como o funk e o jazz. Com instrumentos tradicionais africanos como ngoni, dunun, djembe, balafon, krin, sabar e tama soando junto com a brasilidade dos atabaques, berimbaus e cuíca e a contemporaneidade de guitarras, saxofones, baixo, trombones e trompetes, o grupo propõem uma nova musicalidade, ressignificando origens e influências das matrizes africanas.

Rita Benneditto (MA/RJ)

A cantora Bennetitto nasceu em São Benedito do Rio Preto, cidade do Maranhão. Rita começou a cantar em corais e seguiu participando de festivais, grupos vocais, cantando na noite em São Luis. Em 1986, estudou canto erudito no Chile. No Brasil, ganhou prêmios em festivais e apresentou seu primeiro show solo, Cunhã, com direção musical de Zeca Baleiro em 1989 no Maranhão. Em 1997 gravou seu primeiro CD intitulado Rita Ribeiro, com produção de Mario Manga e Zeca Baleiro. O disco e o show, apresentado em várias capitais brasileiras, deram projeção nacional à cantora maranhense. Seu ritmo se caracteriza pela influência de MPB (Música Popular Brasileira), sons eletrônicos e rezas das religiões afro-brasileiras.

Afoxé Omo Ayô (DF)

O Afoxé Omo Ayó, que nasceu dentro do terreiro de candomblé Ilê Odé Axé Opô Inlé, traz em sua raiz irreverência, tradição e respeito à cultura de matriz africana. Sob a influência do renomado grupo brasiliense Patubatê, o Omo Ayó traz em seu repertório livres adaptações de cantigas da cultura popular e afro-brasileira como “É D´Oxum”, “Canção de Partida”, “Na beira da Praia”, entre outros. Criado em 2014, o grupo que soma 30 integrantes já se apresentou na Feira de Educação Profissional e Tecnológica no Pátio Brasil Shopping e no Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha. Em 2015, à convite do Festival Abre Caminhos, recebeu em sua sede em Planaltina visita do grupo Ilê Ayê para troca de experiências artísticas e oficinas de dança afro e percussão.

DJ Odara (SP)

DJ Odara Kadiegi Mirand atuando como colecionadora/seletora de vinis desde 2014, o foco em seus sets é a música jamaicana das décadas de 1970 e 1980, mas, com grande influência e paixão na sonoridades da ilha caribenha, mesclando os sons clássicos e tradicionais com a modernidade.

DJ Tudo (SP)

Luiz Alfredo Coutinho Souto nasceu em Juiz de Fora (MG). Foi criado em Brasília, onde se formou em música pela UnB, antes de se mudar para São Paulo em dezembro de 1998. Já tocou com Lee “Scratch” Perry, lenda jamaicana do reggae e do dub. Produziu discos de artistas como Junio Barreto, Ortinho, Cérebro Eletrônico, e Porcas Borboletas e é coautor da trilha sonora do filme “Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios”, de Beto Brant. Seus quatro discos autorais, como DJ Tudo, foram gravados parte na Europa – o último, “Pancada Motor – Manifesto da Festa”, foi produzido por Mad Professor e saiu na Inglaterra pelo selo Far Out.

DOMINGO

Lazzo Matumbi (BA)

Lazzo Matumbi é um cantor e compositor brasileiro. Dedicado principalmente ao estilo musical conhecido como samba, jazz, reggae e afro-baiano. Além da voz inconfundível e interpretações cheias de estilo pessoal, o artista também é reconhecido por seu posicionamento contra o preconceito e a desigualdade racial. Ele Interpretou “Rose” em uma homenagem a Ederaldo Gentil, no disco Pérolas Finas em 1999. Lazzo. Em 2015, participou do concerto “Pérolas Mistas”, convidado de Carlinhos Brown com participação de Ellen Oléria e Mariene de Castro.

Mandé Moba (DF)

Mandé Moba é um grupo de dança e música inspirado em um conto Griot, que nos remete ao ponto de vista socioespiritual do oeste africano. Mandé Mobá, que traz, através da dança e da música, as raízes da herança afro-brasileira. Idealizado pela bailarina, pesquisadora e educadora Carla Sacramento Costa (também conhecida como Carla Girija), Mandé Mobá é um projeto sobre a força ancestral africana na cultura brasileira.

Filhas de Oyá (DF)

Filhas de Oyá é um grupo percussivo de mulheres em Brasília que desde 2016 experimenta a criação musical a partir dos baques tradicionais do Maracatu, Côco e Ijexá, trazendo um repertório que mescla canções da cultura popular com canções autorais. Buscam saudar a força feminina ancestral, cantando e louvando as temáticas que tratam da liberdade e do poder revolucionário das mulheres do nosso tempo, apoiadas respeitosamente na história de luta e resistência das mulheres. O grupo acredita na potência da alegria compartilhada, na resistência que preenche espaços com vida e no efeito curativo da música e da arte.

Dj Aisha e Yamina (DF)

São primas, formam um duo de DJs que vem ganhando destaque pela riqueza de suas pesquisas musicais voltadas a África tradicional e contemporânea. Transitam entre diversas vertentes da música, de Jorge Ben passando por hip-hop, bass, trap, r&b, funk, afrobeat, kuduro, afro house e dancehall. Sempre com foco em criações negras e a excelência que entregam lhes proporcionou a apresentação no lançamento de uma das edições da revista Glamour, Budweiser Basement, periodicamente fervem as pistas do Orfeu Academia de Dança e da Casa da Luz, e t uma trajetória inspiradora.

https://soundcloud.com/aisha-mbikila-garcia-fikula/

DJ Sapo (DF)

Natural de Brasília, DJ Sapo, está inserido na cultura Hip-Hop desde 2011, onde teve seu primeiro contato com as danças urbanas, pela vertente Locking. Logo depois ingressou na vertente Breaking e fundou a Apocalipse Crew e em 2011, o grupo Cyphers Clan ambas de Breaking. Hoje a Cyphers Clan tornou-se um coletivo cultural, com dançarinos e dançarinos, DJs e Mc. Em 2013 idealizou e realizou em Brasília o evento de danças urbanas “Breaking Down”, onde se encontravam dançarinos locais e de outros estados.

Focou nos cursos de produção de eventos e na arte educação, atuando em centro de reintegração social e casas de recuperação ao decorrer do tempo. Estudante em formação de Administração de Empresas, busca ao decorrer do curso, agregar seu conhecimento à cultura urbana por um todo.

Serviço:
Festival Puroritmo – África
De 28 a 30 de setembro
Área externa do Centro Cultural Banco do Brasil – DF
Endereço: SCES Trecho 2 – Brasília/DF

Entrada franca
Informações: 3108-7600
Classificação livre

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