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Capital recebe festivais repletos de representatividade para comemorar Semana da Consciência Negra

Arquivo Geral

22/11/2017 7h00

Rimas & Melodias reúne os novos nomes femininos da cultura rap. Foto: Yago Perez/Divulgação

Larissa Galli
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A Semana da Consciência Negra tem programação intensa na capital federal para celebrar a resistência da luta negra no País e relembrar a memória de Zumbi dos Palmares, líder quilombola que morreu dia 20 de novembro, há mais de três séculos. Festivais de cultura negra tomam conta de Brasília, repletos de representatividade, música e debates sobre temas como o racismo e o papel da mulher negra na sociedade.

Tanto o festival Latinidades quanto o Conexões Urbanas dão destaque às mulheres negras. O primeiro é o maior festival de mulheres negras da América Latina e traz para o Distrito Federal desfiles, feira, shows e atividades formativas sobre o feminismo negro. Já o segundo discute os processos criativos de mulheres negras na arte urbana brasileira.

Latinidades – Festival da Mulher Afro Latina Americana e Caribenha completa 10 anos em 2017. Como parte das comemorações, volta a Brasília com uma programação especial. Como novidade, o evento oferece atividades formativas, de sexta a segunda-feira, na unidade de internação de Santa Maria, no Mercado Sul (Taguatinga) e no Centro de Ensino Fundamental 4 de Taguatinga, além de desfiles e shows gratuitos no Estádio Nacional Mané Garrincha (Eixo Monumental) nesta sexta-feira.

Entre as convidadas desta edição estão Sandra Izsadore, a principal mentora intelectual de Fela Kuti, multi-instrumentista nigeriano criador do afrobeat; e show da banda instrumental IFÁ, grupo que vem ressignificando o cenário musical baiano.

De acordo com a coordenadora do evento, Elizabete Brega, o Latinidades volta para agregar nas celebrações da cultura negra. “Foi pensado para somar a agenda do Distrito Federal ao mês da consciência negra, com a valorização principalmente das mulheres negras”, explica. “Sendo o maior festival de mulheres negras da América Latina, o Latinidades traz em seu escopo não só entretenimento, mas também questões políticas e as atividade formativas com a ideia de fazer a imersão qualificada da mulher negra na sociedade”, completa.

Arte feminista

Promovido e gerido por mulheres negras, o projeto Conexões Urbanas: Impressões Femininas na Cultura de Rua conta apenas com artistas do gênero feminino em sua programação. O projeto promete reunir gerações de mulheres empoderadas em torno dos sons e das manifestações artísticas que inspiram minas ao redor do mundo. São dois dias inteiros para se refletir sobre o importante papel da mulher negra na arte que vem das ruas dos grandes centros urbanos brasileiros.

Amanhã tem Oficina de Discotecagem para Mulheres, com as DJs Donna e Simmone Lasdenas, no Espaço Cultural Canteiro Central (Setor Comercial Sul). São 20 vagas distribuídas em duas turmas, de 9h às 13h; e de 14h às 18h. Outra oficina que acontece amanhã é a Empoderamento feminino: mulheres donas de si, com Vera Verônika, a primeira rapper mulher do DF. Também no Canteiro Central, das 19h às 21h. Inscrições gratuitas pelo e-mail [email protected].

Sexta é dia de dançar e grafitar! Importantes DJs, MCs, b-girls e grafiteiras representantes do cenário de arte urbana feminina no Brasil desembarcam na cidade para se apresentarem na Arena Conexões – Estádio Nacional (Eixo Monumental), a partir das 22h. A grande atração da noite é o projeto paulistano Rimas & Melodias, que reúne os novos nomes femininos da cultura rap nacional: Tássia Reis, Drik Barbosa, Tatiana Bispo, Karol de Souza, Stefanie, Alt Niss e DJ Mayra Maldjian. O grafite ao vivo fica por conta da artista urbana Siren, do DF.

A entrada para todas as atividades é franca, mas doação de livros, brinquedos e alimentos imperecíveis são bem-vindas. Classificação livre.

Cinema representativo

  • Hoje tem mostra de cinema e palestras sobre a temática da consciência negra no Instituto Cervantes (707/907 Sul). Intitulado Re-existências Afro-Ameríndias, o evento traz filmes que tratam de temas como quilombos, palenques e comunidades rurais negras latino-americanas.
  • Os filmes exibidos fazem um convite para refletir sobre a política de dominação e opressão dos povos negros e indígenas na América Latina.
  • Fechando o ciclo, acontecem hoje, às 19h, as palestras Comunidades rurais negras na Améfrica: memória e soberania intelectual (Leandro Bulhões); e Cor e resistência diante da tela branca (Pablo Lucena).
  • Às 20h, é exibido o doc argentino El Último Quilombo, dirigido por Alberto Masliah.
  • No Auditório do Instituto Cervantes. Entrada franca. Informações: 3242-0603. Classificação livre.

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