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Brasília

Vídeo: Moradores protestam contra retirada de posto comunitário da PM em Samambaia

Colaborador JBr

29/09/2016 19h39

Foto: Rosana Jesus

Rosana Jesus
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Em protesto contra a retirada do posto comunitário da Polícia Militar da Quadra 319/321 de Samambaia Sul, um grupo de moradores fez uma barricada na avenida principal, na manhã desta quita-feira (29), por volta das 10h30. Os manifestantes queimaram pneus, carregaram faixas e bateram panelas. Durante o ato, eles pediram o funcionamento do posto, fechado na noite dessa quarta-feira (28). O trânsito precisou ser desviado para outra via.

Versão oficial

A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social informou que a estratégia dos postos comunitários vem passando por uma reavaliação no intuito de melhor atender a comunidade. Por esse motivo, os postos estão sendo, aos poucos, substituídos por outras formas de policiamento. Segundo a pasta, policiais que eram responsáveis por permanecerem nos locais dos postos estão reforçando o patrulhamento nas ruas, por meio de policiamento a pé ou motorizado.

Ainda de acordo com a Secretaria, em Samambaia, há uma nova forma de otimização do policiamento, no qual os policiais não ficam mais fixos nos postos e sim patrulhando a região, visando aumentar a agilidade por parte dos policiais e rapidez no atendimento de ocorrências.

O protesto foi organizado pela comunidade por meio de um grupo no WhatsApp. Os moradores reclamaram que a medida pode afetar ainda mais a segurança da região. “Temos que lutar por nossos direitos, já que não temos saúde e nem educação, queremos pelo menos isso. Se o governador não tomar providências, essa será apenas a primeira das muitas manifestações”, disse a técnica em enfermagem Wesllya Rodrigues, de 21 anos.

A revolta não parou por aí, Josineide Pereira, de 49 anos, falou sobre os perigos e vulnerabilidades que sente como moradora da região. “Para a gente, que pega ônibus de madrugada, isso é muito ruim, pois ficamos sujeitos a assaltos. Além disso, o governo não escuta a população, ele acha que está certo e ponto”, disse.

“Nosso objetivo é manter o posto aqui. A violência já é grande com ele, imagina sem ele. Estaremos entregues aos marginais”, diz Rayssa Costa, de 24 anos. O representante comunitário Edi Carlos Silva completou: “Nós esperamos que governador escute a voz do povo. Se o posto é fechado hoje, amanhã os bandidos tomam conta.”

Foto: Rosana Jesus

Ações de combate à criminalidade

A Secretaria de Segurança Pública e Paz Social afirmou que Samambaia é uma das cidades que irá receber ações de combate à criminalidade. A região administrativa é uma das oito apontadas como prioritárias, uma vez que, juntas, concentram 65% de crimes praticados no Distrito Federal. A ideia, segundo a pasta, é executar ações focadas nos locais mais sensíveis e baixar os índices de criminalidade pelos próximos dois meses.

Segundo a Secretaria, os roubos a pedestres correspondem pela maior incidência de crimes, sendo o telefone celular, o principal objeto visado pelos bandidos.

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